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Sustentabilidade da Aracruz Celulose é falsa

Sustentabilidade da Aracruz Celulose é farsa, diz MPA

Ubervalter Coimbra

A Aracruz Celulose é uma empresa insustentável para o homem e para o meio ambiente. Desta forma, é uma farsa a cotação da empresa e da Veracel no Índice Dow Jones de Sustentabilidade (DJSI), da Bolsa de Valores de Nova York. A afirmação é de um dos coordenadores estaduais do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA) no Espírito Santo, Sérgio Conti.

Ele aponta que não é de hoje que a empresa “expropria as pessoas de suas terras, as tirando do campo”. Estas pessoas, com preparo exclusivo para trabalhar no campo, não encontram empregos nas cidades. Ocupam as periferias e passam as maiores necessidades: muitos se prostituem, ou viram bandidos.

“É um filme que se conhece”, assinala o coordenador do MPA. A empresa além de ter tomado terras de quilombolas, índios e pequenos agricultores, ainda continua concentrando terras. Sérgio Conti aponta que para favorecer a Aracruz Celulose são oferecidos a ela títulos como o de “sustentabilidade”, da Bolsa de Nova York.

O dirigente do MPA ironiza: “Para a Aracruz Celulose e para as empresas que a beneficiam ela de fato é sustentável. Sustentável para ela, para os seus investidores. Para o meio ambiente, para a sociedade, a história é outra”.

Além de ter tomado terras dos índios, quilombolas e pequenos proprietários, a Aracruz Celulose lança grandes quantidades de agrotóxicos nos eucaliptais. Os venenos agrícolas contaminam os que conseguiram resistir em minúsculos pedaços de terra em meio das plantações da empresa, contaminando e matando gente e os animais. Os venenos ainda contaminam a terra, e o eucalipto seca córregos e até rios.

A multinacional Aracruz Celulose teve lucro líquido de R$ 1 bilhão somente em 2004 (em 2003, o lucro líquido da empresa foi de R$ 870 milhões). A empresa assume que tem 252 mil hectares plantados com eucalipto, e a propriedade de outros 133 mil hectares de terras, em quatro estados.

A Aracruz Celulose confirma que tem eucaliptos plantados em 71 mil hectares no que chama Programa Produtor Florestal, e que incorporou mais de 3 mil agricultores a este programa, sem contar os que serão incluídos via programa florestal do governo do do Espírito Santo, que prevê o plantio de 28 mil hectares de eucaliptos.

< O Observatório Quilombola publica todas as informações que recebe, sem descartar ou privilegiar nenhuma fonte, e as reproduz na íntegra, não se responsabilizando pelo seu conteúdo.>

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