O tempo do progresso: o abolicionismo brasileiro
Por Júlio Cesar de Souza Dória
Resumo
A concepção de tempo estabelecida por determinada sociedade, grupo, nação ou povo é construída pelas variantes culturais, sociais e históricas conjuntamente. Quando um regime temporal declina em oposição a outro considerado mais moderno, estamos diante de um período revolucionário, caracterizado, sobretudo, por uma crise institucional generalizada. Contudo, esse processo não ocorre de forma abrupta nem tampouco é conscientemente elaborado. As trocas culturais, políticas e econômicas ocorridas no ocidente entre os séculos XV e XVIII, foram responsáveis pelo surgimento da ideia de progresso. Progresso gradativo e hierarquizado, baseado no conceito de evolução. Deste modo, criava-se uma escala entre os povos, nações e sociedades com um fim determinado, que seria a modernização de todos os aspectos de um povo por intermédio do progresso de suas instituições. No Brasil do século XIX, essa concepção de progresso permeou o pensamento da intelectualidade e dos líderes políticos do país. O maior entrave para esses indivíduos era a escravidão, vista como um atraso para o progresso do país.Nesse sentido, o presente artigo relaciona o abolicionismo brasileiro com a perspectiva de modernidade e progresso defendido por intelectuais brasileiros e estrangeiros ao longo da segunda metade do século XIX.
Palavras-chave: Tempo, Progresso, Abolicionismo.
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FONTE: Revista OQ, v. 3, n. 3, maio. 2016