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Quilombo do Grotão, em Niterói, passa por fase de reconhecimento do MinC

O Quilombo do Grotão, no Engenho do Mato, passou pela primeira fase do seu processo de reconhecimento. A Fundação Cultural Palmares, entidade vinculada ao Ministério da Cultura (MinC) voltada para a preservação da cultura afro-descendente, certificou a autenticidade da comunidade, que se autodefine descendente de quilombolas. O registro foi publicado no Diário Oficial da União no dia 20 de maio.

A história do Quilombo do Grotão se mistura com a da própria região onde está instalado. As famílias contam que, após deixar o Sergipe, em 1920, Manoel do Bomfim e a mulher Maria Vicência chegaram à fazenda Engenho do Mato, de propriedade de Irene Lopes Sodré, nome da principal via que corta o bairro.

Representantes da comunidade contam que, depois de mais de quatro décadas de trabalho nas plantações, principalmente bananais, a fazenda quebrou e os trabalhadores que lá viviam começaram a ser expulsos da propriedade durante o processo de loteamento do bairro. A partir daí teria começado a luta das famílias remanescentes pelo direito de permanecer no terreno, que se estende por parte do Parque Estadual da Serra da Tiririca.

— Esse reconhecimento fortalece a nossa luta pela terra e o movimento em defesa da nossa cultura. O apoio de professores da UFF, UERJ e UFRJ, que elaboraram um laudo técnico com a nossa história, foi que nos fez avançar — comemora o líder comunitário Renatão do Quilombo.

A comemoração se estende em ritmo de samba hoje, a partir das 12h, na tradicional Feijoada do Quilombo.

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