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MG – Comunidade de Misericórdia

A comunidade de Misericórdia, situada no município de Chapada do Norte, no Vale do Jequitinhonha, se orgulha de sua riqueza cultural.

A comunidade de Misericórdia localiza –se na zona rural do município de Chapada do Norte, no Vale do Jequitinhonha, possuindo vinte e três famílias e uma população de mais ou menos cento e setenta pessoas.

A comunidade não possui escolas, sendo que a mais perto fica no povoado de Batileiro, a mais ou menos dois quilômetros da comunidade. Misericórdia não possui rede elétrica e nem saneamento básico, não há coleta periódica do lixo, o que obriga os moradores jogarem o lixo em outras áreas ou queimar.

A vegetação que predomina na região é o cerrado, em estado avançado de desmatamento. A principal causa deste desmatamento é a agricultura, principal fonte de renda da comunidade.

Os moradores da comunidade de Misericórdia fazem muito o uso de plantas e ervas medicinais e também fazem a utilização do barro que é bento, pelas benzedoras locais e que serve para várias coisas como: Dor de estômago, diarréia, para pele, para os cabelos, etc. O principal problema e que este barro é tirado de um local poluído, o que torna o uso perigoso uma vez que a população ingere o barro.

A maioria dos homens e mulheres adultos da comunidade migram para o interior de São Paulo, para trabalhar nas lavouras de cana – de – açúcar. A maioria dos trabalhadores de Misericórdia não possui carteira assinada e nem emprego formal.

As plantações que existem no povoado dá na maioria das vezes só para a subsistência dos moradores, vendendo eventualmente o milho para comerciantes da cidade.

Segundo a moradora e líder comunitária, Dona Eva, existe no povoado uma máquina de extrair minério trazido pelos portugueses no século XIX, ainda na época da escravidão do Brasil. O nome da comunidade é oriundo da época que os portugueses chegaram na região para extrair o minério e quase não sobrava água para os negros que trabalhavam para eles, então duas moradoras foram pegar água na cacimba e a mesma não dava para as duas então elas começaram a discutir pela água, então uma delas falou “Misericórdia, não vamos brigar por água”, daí a origem do nome Misericórdia.

A comunidade possui a guarda de congo, cuja rainha é a própria Dona Eva, a guarda se apresenta em vários lugares, inclusive na festa de Nossa do Rosário em Chapada do Norte, que é bastante famosa na região.

Além do congado, a comunidade realiza batuques e a dança dos noves.

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