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Comunidade Quilombola recebe implantação de projeto para geração de renda

 Em meio a natureza exuberante com morros verdes e uma linda cachoeira, encontra-se a Comunidade negra Furnas do Dionísio, no município de Jaraguari. Com grande potencial na agricultura familiar, a Comunidade quilombola recebeu nesta sexta-feira (3), a visita da secretária de Estado de Trabalho e Assistência Social, Tania Mara Garib e sua equipe que foi conhecer a realidade das pessoas que vivem neste local, e propor a execução de projeto para implementação de atividades que possam gerar renda a essas famílias.

A secretária da Setas, Tania Garib, propôs cursos na área da construção civil e a ocupação da mão de obra local para construção de um prédio onde possa ser instalada uma farinheira, já que a comunidade possui equipamentos para produção de farinha. Outra solicitação da secretária foi que as famílias fossem inseridas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico). Foi verificado que apenas 40 famílias estão cadastradas no CadÚnico, isso significa que menos da metade. De acordo com o IBGE, a comunidade possui 83 famílias vivendo em Furnas do Dionísio.

Tania Garib afirmou que a inserção no CadÚnico é muito importante para que a Comunidade tenha alguns benefícios. “É importante para que além do benefício social do Bolsa Família, vocês possam obter a tarifa social da luz e de telefone (desconto), casa própria dentre outros benefícios que somente recebem quem é cadastrado”. Outro ponto destacado foi o fortalecimento da Comunidade que pode ser no trabalho em conjunto em associação e cooperativas. “Não podemos ter um pensamento individualista, pensar somente no ‘meu’. Temos que pensar no ‘nosso’, trabalho em conjunto fortalece a Comunidade”.


Segundo a presidente da Associação da Comunidade Remanescente de Quilombos das Furnas do Dionísio (Asfurnas), Maria Aparecida Martins, a pessoas estão dispostas a trabalhar e conseguir de fato uma organização para gerar renda. “Estamos felizes que a secretária Tania Garib, esteja aqui para nos esclarecer dúvidas e nos incentivar a buscar o melhor para nossa Comunidade”, destacou a presidente.

As famílias em Furnas do Dionísio plantam atualmente hortaliças, cana de açúcar, milho, tomate, banana. Produzem com o caldo da cana de açúcar, melado e rapadura, e são criadores de gado e pequenos animais. Com grande potencial na produção de artesanato e farinha, os quilombolas receberam o incentivo de se organizarem e produzirem em larga escala para colocar a venda seus produtos na loja da Economia Solidária, que fica em Campo Grande e é considerada a maior loja do segmento da América Latina.

A coordenadora da Economia Solidária da Fundação de Trabalho de MS, Larissa Orro esteve presente na visita e falou como funciona a comercialização de produtos na loja da Economia Solidária. Destacou a importância da Furnas do Dionísio em disponibilizar seus produtos nesse local e destacou que a comunidade sendo tradicional gera mais interesse da população que compra na loja. “Vocês produzem roupas e bordados lindos que podem ser aproveitados para venda, além dos mais diversos produtos da agricultura famíliar, tudo pode ser vendido e o melhor trazendo visibilidade à Comunidade e geração de renda”.

Na parte da tarde, equipe da Setas, da Secretaria de Estado de Saúde (SES) e da Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural (Agraer) vão ministrar cursos com o objetivo de atender os quilombolas em suas reivindicações na diversas áreas de interesse dos quilombolas. Todos os projetos serão elaborados de acordo com a demanda local, ou seja, a própria comunidade irá dizer o que necessita. Os quilombolas irão definir com qual atividade irão trabalhar.

Participaram da visita o prefeito de Jaraguari, Wagner Gomes Vilela; a secretária de Assistência Social do município, Cláudia Bastista de Oliveira Vilela, a superintendente de Direitos Humanos da Setas, Yrama Barbosa, a gestora de ação social da unidade de Prevenção de Combate à Discriminação, da Setas, Lecir Marques Machado; a coordenadora de Proteção Social Básica, Márcia Ratti; a gestora Lucinda Pedroso do Rosário, da Secretaria de Saúde, técnicos da Agraer, e representante do Instituto Casa da Cultura Afro-Brasileira, Antônio Borges dos Santos.

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