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Falta de posto de saúde prejudica atendimento na Comunidade quilombola sutil

Moradores da Colônia Sutil recebem uma vez por semana atendimento de saúde dentro de um ônibus adaptado. Pacientes que necessitam de acompanhamento têm consultas marcadas a cada três semanas.

A  falta de um posto de saúde prejudica o atendimento de 53 familias na comunidade quilombola Sutil. Localizada na PR-151, próximo ao munícipio de Palmeira, a colônia Sutil luta pela instalação de uma unidade de saúde desde 2003, quando a atual presidente da associação de moradores, Nevair Ferreira, protocolou junto à Prefeitura de Ponta Grossa um pedido de instalação de posto para atender a comunidade e a região. "No início da gestão na associação de moradores nós protocolamos o pedido de instalação de um posto de saúde e a resposta que obtivemos é que o pedido seria analisado”, diz Nevair.

No entanto, ao invés de realizar as obras, a Prefeitura optou por disponibilizar um ônibus adaptado que realiza visitas à comunidade toda quarta-feira para alguns atendimentos. Funcionando como uma unidade móvel, o veículo realiza apenas oito consultas semanais, o que segundo a agente comunitária da região, Lizandra Ferreira, é muito pouco. "Eu agendo em média 30 consultas mensais e tenho que encaminhar pacientes para a unidade de saúde do distrito de Guaragi, o que acaba prejudicando o atendimento".

Além disso, de acordo com alguns moradores, o atendimento não é constante, o que pode prejudicar aqueles que precisam de acompanhamento. “Não costumo fazer consultas aqui na comunidade porque o ônibus não vem toda semana e quando vem só atende oito pessoas. Para quem vive à base de remédio não funciona”, esclarece Catarina Moraes, 76 anos, que há oito anos toma remédios pra hipertensão e reumatismo.

A situação fica ainda mais complicada quanto ocorre uma situação de emergência. De acordo com os moradores, em casos de extrema urgência a única saída é recorrer à boa vontade dos vizinhos. "Já aconteceu de ter que sair correndo de madrugada, pedir para vizinho levar para o pronto socorro de Ponta Grossa, e ainda assim tem que madrugar na fila", relata Cleusa Aparecida de Freitas, 47 anos, que sofre de enfisema pulmonar.

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