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Vale do Guaporé: Sedam participa de soltura de 23 mil quelônios

A soltura de quelônios aconteceu nas praias do rio Branco, afluente do Guaporé, na localidade de Bela Vista, município de Madalena (Bolívia)

No último sábado (14) o secretário-adjunto da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental (Sedam), Francisco de Sales Oliveira dos Santos, participou da soltura de quelônios nas praias do rio Branco, afluente do Guaporé, na localidade de Bela Vista, município de Madalena (Bolívia). Foram soltos 23 mil filhotes de tartaruga, tracajás e cangapará. Foi uma ação coordenada através da parceria da Associação Comunitária de Quilombolas e Ecológica do Vale do Guaporé – Ecovale e da Sedam.
 
A Ecovale é uma organização não-governamental que há 14 anos luta para repovoar os rios do Vale do Guaporé, com espécies que poderiam estar extintas se não fosse o trabalho voluntário e de conscientização que vem sendo realizado. Mas só agora a entidade foi reconhecida como de utilidade pública pelo atual governo do Estado.
 
O secretário-adjunto da Sedam, Francisco de Sales, destacou que a Ecovale tem uma participação positiva na preservação das espécies que habitam as praias do Vale do Guaporé no processo de repovoamento dos rios, na conservação da fauna principalmente aquelas que são ameaças de extinção e no combate a pesca predatória.
 
“Esse é um trabalho que deveria ser copiado por outras associações para garantir a manutenção da biodiversidade”, disse Sales, acrescentando que no processo natural de desova da tartaruga só 1% dos filhotes sobrevive em decorrência dos ataques dos predadores. Já com o acompanhamento da desova e eclosão, onde as tartarugas são encaminhadas ao berçário, pelo período de 22 dias a chance de sobrevivência aumenta para 15%. “Por isso a importância do acompanhamento que a Ecovale desenvolve em prol dos quelônios”.
 
A Ecovale, que é presidida pelo ambientalista Zeca Lula, desenvolve atividades diretamente relacionadas à conservação da fauna, especificamente quelônios e aves ameaçadas de extinção, trabalhando com as comunidades quilombolas que habitam o local fazendo com que esse modelo de conservação ambiental com envolvimento comunitário inspire programas similares em Rondônia.
 
 
<O Observatório Quilombola publica todas as informações que recebe, sem descartar ou privilegiar nenhuma fonte, e as reproduz na íntegra, não se responsabilizando pelo seu conteúdo.>

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