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Comunidade Mel da Pedreira festeja entrega do Título de Domínio

Comunidade quilombola do Amapá festeja entrega do Título de Domínio

No último sábado (14), a comunidade remanescente de quilombo Mel da Pedreira comemorou a entrega do Título de Domínio numa cerimônia organizada pelas próprias famílias, com o apoio do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) no Amapá.

A festa contou com a presença da assessora especial do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) Renata Leite, do coordenador-geral de Regularização de Territórios Quilombolas do Incra, Rui Leandro da Silva Santos, e do superintendente regional do Incra/AP, Alessandro Tavares Cardoso, entre outros representantes de entidades e autoridades. Quilombolas de comunidades vizinhas também prestigiaram o evento.

A moradora da Mel da Pedreira Estefania Cabral fez um discurso emocionado em agradecimento ao Incra/AP, por ter encarado o desafio e lutado pela conquista do título. O superintendente regional destacou o trabalho da instituição, que iniciou o processo de regularização fundiária da comunidade há pouco mais de um ano, sendo que, para a confecção do laudo antropológico, foi realizada uma parceria com a Universidade Federal do Amapá.

Depois da solenidade de entrega do título, a festa prosseguiu com um jantar e com apresentações culturais, com o grupo de dança Marabaixo e o cantor Zé Miguel, filho da comunidade, que fez uma canção em homenagem à Mel da Pedreira.

Descendentes de escravos

Situada a 30 quilômetros da capital do estado, Macapá, a comunidade é formada por 25 famílias descendentes de escravos que construíram a fortaleza que daria origem à capital. Há décadas, os quilombolas de Mel da Pedreira vinham perdendo suas terras para grileiros e, ultimamente, para a exploração imobiliária surgida com o crescimento de Macapá. Na comunidade, os moradores vivem da agricultura de subsistência e de criações, como galinhas, porcos e búfalos. Para a comercialização, eles têm por excelência os produtos da mandioca, com destaque para a farinha produzida artesanalmente.

< O Observatório Quilombola publica todas as informações que recebe, sem descartar ou privilegiar nenhuma fonte, e as reproduz na íntegra, não se responsabilizando pelo seu conteúdo.>

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