Políticas públicas em educação para comunidades quilombolas são tema de seminário

Por Márcia Wonghon

Recife – As políticas públicas na área de educação voltadas para 96 comunidades quilombolas que vivem em território pernambucano serão debatidas de hoje (27) até sexta-feira (31), em seminário no Recife Park Hotel, em Boa Viagem, com mais de 250 participantes.

São esperados representantes do Ministério da Educação, trabalhadores rurais ligados ao Movimento dos Sem Terra (MST), Comissão Pastoral da Terra, universidades, Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária e Secretaria Estadual de Educação.

De acordo com Nilton Gomes, coordenador de Educação no Campo, da Secretaria estadual de Educação a idéia é buscar alternativas para ampliar o atendimento às populações descendentes de escravos, “considerando o processo de organização e a cultura desses povos”.

Ele explicou que além do analfabetismo as comunidades quilombolas pernambucanas enfrentam outras dificuldades. “Esses povos precisam superar inúmeros desafios, como por exemplo a titulação da posse da terra, saúde e saneamento básico”, observou.

A secretária executiva de Desenvolvimento da Educação, Sara Lima, explicou que a expectativa é definir durante o encontro a criação de um método pedagógico capaz de atender as especificidades históricas de cada comunidade, levando em conta o modo de vida e as dificuldades enfrentadas por essas sociedades ao longo dos anos.

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