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Quilombolas mantêm funcionários reféns em Moju

Um grupo de moradores de uma comunidade quilombola, em Jambuaçu, município de Moju, por onde passa um mineroduto da Companhia Vale do Rio Doce (CVRD), manteve refém por algumas horas, na quinta-feira, 23, técnicos da companhia, da Secretaria Executiva de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente (Sectam) e do projeto Raízes, do governo federal, num total de nove pessoas.

De acordo com relato de Rosa Figueiredo, coordenadora da CPT da região guajarina, os remanescentes de quilombolas aproveitaram a realização de uma vistoria técnica pela equipe para solicitar uma reunião onde questionaram o não cumprimento de um acordo assinado pela Vale com a comunidade.

Rosa contou que o acordo previa a construção de uma casa de produção rural, um posto de saúde e o asfaltamento da rodovia que liga a comunidade quilombola à sede do município. O acordo nunca foi cumprido por parte da CVRD, segundo garantiu Rosa. Os quilombolas pegaram as chaves de três carros dos técnicos que estavam no local e só liberaram depois que eles assinaram um documento garantindo o cumprimento do acordo até o dia 3 de março.

A Companhia Vale do Rio Doce (CVRD) enviou a O LIBERAL sua versão dos fatos. De acordo com a assessoria de imprensa da Vale, “durante vistoria técnica da Sectam para renovação da licença de instalação do mineroduto que faz parte do projeto Bauxita de Paragominas, quatro prestadores de serviços da CVRD, que acompanhavam a vistoria, foram impedidos de sair das instalações dos quilombolas, sendo retidos no local por mais de 12 horas”.

A Vale informou que firmou convênio de cooperação, em 2005, em parceria com o Conselho Quilombola, e outros parceiros, no valor de R$ 400 mil. Segundo a Companhia, já estão em andamento o Vale Alfabetizar (no valor de R$ 140 mil) e os cursos da Escola de Trabalho e Produção (investimento de R$ 177 mil) e outros projetos já estão sendo discutidos com a comunidade e serão implementados assim que forem resolvidos todos os trâmites legais.

< O Observatório Quilombola publica todas as informações que recebe, sem descartar ou privilegiar nenhuma fonte, e as reproduz na íntegra, não se responsabilizando pelo seu conteúdo.>

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