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Documentário resgata a história dos quilombos

Bahia e Minas Gerais são os Estados onde houve maior concentração de quilombos durante o período de escravidão, mas boa parte dessa história é desconhecida do público. É para tentar resgatar esses fatos que a equipe do diretor de cinema Antônio Olavo realizou o documentário Quilombos da Bahia, cujas filmagens acabam de ser concluídas.
A previsão é a de que até o final de outubro esteja finalizada a montagem para que o filme seja lançado oficialmente em novembro, na Semana da Consciência Negra. Foram realizadas 130 horas de filmagens e entrevistas com moradores de 36 municípios baianos, a maior parte idosos acima de 85 anos. “Visitamos 63 comunidades negras para obter informações sobre o passado e o presente dos quilombolas e acabamos descobrindo um fio de memória fragmentado sobre a ancestralidade negra na Bahia”, destaca Olavo.
Ele destaca que, na Bahia, 68,7% são afro-descendentes. “Isto significa que a escravidão foi muito forte por aqui. Se foi forte, a resistência também ocorreu com muita densidade”, explica.
Objetivos – A equipe do cineasta trabalhou com dois objetivos: um, histórico, que procurou responder a questões sobre como surgiram e se desenvolveram na Bahia os quilombos ao longo dos anos, e o outro, antropológico, que verificou como estão vivendo atualmente as comunidades remanescentes, qual o seu grau de escolaridade, de saúde, entre outros dados.
Segundo Antônio Olavo, as informações disponíveis até então eram precárias. “Existiam apenas 11 comunidades registradas”, diz. Para a Petrobrás, o estudo dos quilombos na Bahia resgata a história da comunidade africana e a formação cultural da sociedade brasileira. “Nesta fase de retomada do cinema nacional, essa é mais uma contribuição da empresa para o resgate da auto-estima da população negra e da verdadeira história do Brasil”, diz Rosemberg Pinto, coordenador regional de Comunicação da Petrobrás no Nordeste.
O filme Quilombos da Bahia deverá ser distribuído para 4.333 escolas públicas da Bahia, atingindo um universo de dois milhões e 150 mil estudantes da 8ª série ao 3º ano do segundo grau. Será distribuído também um mapa dos quilombos na Bahia juntamente com o manual pedagógico destinado aos professores.

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