Para complicar ainda mais a situação dos moradores e motoristas, a ponte de madeira sobre o rio Ubá, no município de Moju, quebrou na manhã de quinta-feira (11). A estrutura não suportou o peso de um caminhão que transportava britas. Britas essas que seriam usadas para tapar os buracos da estrada. Essa ponte fica a 4 km de Moju, na Alça Viária, está localizada na estrada dos quilombolas e dá acesso ao Acará. Na manhã desta sexta-feira (12), homens trabalhavam no local para consertar a ponte.
A previsão é que ela esteja liberada às 18 horas dessa mesma sexta-feira (12) para o tráfego de carros pequenos e de ônibus escolar. Para chegar às suas comunidades, moradores cruzavam a ponte de madeira, na manhã desta sexta-feira, carregando compras e outros objetos pessoais. Eles passavam com motos, bicicletas e carrinhos de mão. São alunos (crianças e adolescentes), jovens, adultos e pessoas idosas. Todo cuidado é pouco para não sofrer um acidente. Uns ajudam os outros a manter o equilíbrio e fazer a travessia com um mínimo de segurança.
O agricultor Luciel Correia da Silva, de 54 anos, cruzou a ponte empurrando um carrinho de mão, no qual levava uma cesta básica e um botijão de gás de cozinha. “Moro na comunidade Santa Maria de Tracauteua. Fica a 33 km daqui. Nasci e me criei lá. Vou atravessar e pegar o ônibus“, contou.
Depois do desabamento da ponte Rio Moju, no dia 6 deste mês, a estrada de chão dos quilombolas é uma uma rota alternativa para ligar Moju ao Acará. São 55 km de estrada, que tem muito buraco, lama e pista irregular. No Acará, os moradores podem seguir, pela Alça Viária, até Belém. E, do Moju, podem acessar outras cidades do nordeste e do sul do Pará.