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Preso suspeito de invadir e destruir terreiro de candomblé em Olinda

Por Thamires Oliveira

A Polícia Civil de Pernambuco prendeu o primeiro suspeito de participar da invasão e destruição do terreiro Ilê Oguiã Olabomaxó, em Olinda, durante uma tradicional festa do candomblé dedicada a Oxum, na madrugada do dia 25 de setembro. Segundo o delegado Renato Gayão, da Delegacia do Varadouro, o suspeito foi identificado depois que populares o viram voltando para casa logo após o crime, sob posse de uma arma de fogo. A Polícia investiga ainda outros três participantes da ação.

Maximilen Freitas da Silva, 31 anos, foi preso em via pública, no bairro do Varadouro, próximo a delegacia, na última segunda-feira (09). O suspeito foi reconhecido por diversas testemunhas através de fotos e pessoalmente. “Isso é resultado de uma investigação preliminar. Ainda há diligências sendo realizadas tanto para robustecer o contexto probatório, quanto para identificar os demais atuantes”, afirma o delegado.

O suspeito não confessa o crime e se recusa a cooperar com as investigações. “Ele diz que a arma que estava era um simulacro e que ele jogou fora. Ele nega qualquer participação no crime e não revela a identidade dos outros suspeitos”, afirma Gayão. Se condenado, ele irá responder pelos crimes de ódio, injúria racial, roubo qualificado e tentativa de homicídio.

Segundo a Polícia Civil, a principal motivação da quadrilha foi o crime de ódio. Durante a ação, os bandidos quebraram vasos considerados sagrados para a religião, atiraram em caixas de som para interromper a festa, arrancaram cortinas e tentaram invadir o quarto do Peji, onde ficam os Orixás da religião. “O crime de ódio é um crime planejado. E é caracterizado quando o criminoso busca intencionalmente atacar uma pessoa por ela fazer parte de algum grupo seja religioso, étnico ou cultural. Eles Destruiram objetos sacros, além de interromper a celebração, que é importante. Uma celebração a Oxum, que acontece uma vez por ano. Havia mais de 300 pessoas ali para celebrar a religiosidade e a cultura deles”, explica Gayão. A polícia segue a invetigação no sentido de identificar os outros três suspeitos.

FONTE: Diário de Pernambuco em 11/10/2017

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