Incra obtém mais 33 áreas para compor Território Quilombola em Santa Catarina
A posse dos imóveis possibilita ao Incra a destinação para regularização do território quilombola e também a indenização aos proprietários desapropriados. As 33 áreas somam 765 hectares e foram avaliadas em R$ 9,9 milhões, que serão pagos pela União aos proprietários a título de indenização.
A desapropriação faz parte de um trabalho de desintrusão capitaneado pelo Incra para que as 130 propriedades que integram a área de 7,9 mil hectares do Território retornem à posse dos remanescentes quilombolas. Além destas 33, outras quatro áreas já foram obtidas pelo Incra e repassadas à comunidade através da emissão de títulos parciais definitivos em 2014. Os demais imóveis estão em processo de avaliação para indenização, entre eles, uma propriedade de 4,3 mil hectares.
Histórico
Em 2010, a presidência da república publicou o decreto que declarou de interesse social os imóveis abrangidos pelo Território Quilombola, marco legal para as desapropriações que aos poucos o Incra obtém na Justiça. Ao promover a titulação das áreas em nome da comunidade, o Incra busca estabelecer um procedimento de justiça e resgate das tradições das famílias que agora retornam às suas terras.
Os quilombolas que vão ocupar toda a extensão do território, estimados em mil famílias, não poderão negociar as terras, pois os títulos são coletivos, pró-indivisos e concedidos em nome da Associação dos Remanescentes dos Quilombos da Invernada dos Negros.