Moradores esperam imóveis do Minha Casa há 3 anos no sertão do PI
O Site entrou em contato com a assessoria da Caixa Econômica Federal, mas até publicação da reportagem nenhum retorno foi dado.
O agricultor Bernardino Brandão conta que um profissional esteve no terreno indicado por ele ao lado de uma roça fazendo as medições, mas nunca mais alguém apareceu no local.
O imóvel está no nome da mulher dele e até hoje a família aguarda para realizar o sonho da casa própria, pois atualmente mora com os pais na comunidade.
"A gente ouviu falar na época que iriam construir essas casas e fomos nos informar para conseguir uma, pois eu não tenho casa e moro com os meus pais. É uma coisa que a gente perde até a fé, pois hoje só tem o terreno aqui e ninguém nos dá uma resposta. Acho até que essas casas não sairão mais", conta ele.
"O sentimento para mim é de tristeza e acho difícil que elas saiam. Entrei [no programa] para ver se Deus me ajudava a ter uma casa, pois já estou ficando velho e preciso de um lugar bom para morar. Eu sou analfabeto, não entendo muito das coisas, mas acho que devia ter uma fiscalização nisso, pois a gente está pagando e é quem está na dor. Já tomei emprestado para pagar essa prestação", relatou.
"Eu pretendo vir morar aqui e criar meus animais para sobreviver. Aqui eu fiz uma roça, trouxe os bichos e mantenho umas coisinhas. Com a construção da casa ficaria tudo mais fácil, mas até agora nada e estamos sem saber o que fazer. É ruim você ter os comprovantes e todos os papéis e não ver nada da casa", falou ele que vive da venda de espetinhos na zona urbana de Dom Inocêncio.
Associação culpa a Caixa
Procurado pela reportagem do Site
Vanderlim não soube informar quanto já foi liberado para a construção das 27 unidades habitacionais que estão concluídas. Segundo ele, apenas se fosse somar tudo é que poderia dar a informação. O presidente informou que o prazo inicial para entrega das casas era de no máximo dois anos e reconheceu o atraso.