Quilombolas de Minas Gerais debatem plano de ação para desenvolvimento sustentável
Minas Gerais terá um plano estadual para a melhoria das condições de vida das comunidades quilombolas que vivem no meio rural. As diretrizes foram definidas durante o I Seminário para o Desenvolvimento Sustentável das Comunidades Quilombolas de Minas Gerais, encerrado neste domingo (19/6), na Fundação Caio Martins (Fucam), em Esmeraldas. O evento reuniu cerca de 400 representantes de comunidades quilombolas de todo o Estado.
“No ano passado, a Secretaria de Desenvolvimento Agrário realizou mais de 10 ações, entre visitas técnicas, eventos e atividades ligadas aos povos e comunidades tradicionais. Uma das mais importantes é o apoio a Fundação Palmares para a certificação das comunidades. Em 2015, foram sete comunidades beneficiadas em quatro territórios de desenvolvimento: Metropolitano, Norte, Alto Jequitinhonha, Caparaó e Mata”, disse o secretário Professor Neivaldo, durante a solenidade de abertura. “O seminário que realizamos é mais uma demonstração do compromisso do Governo de Minas Gerais com as comunidades quilombolas”, completou Professor Neivaldo.
A presidente da Federação das Comunidades Quilombolas do Estado de Minas Gerais, Sandra Andrade, também destacou a importância do encontro. “Este seminário é uma das reivindicações que a gente pautou o Governo de Minas Gerais. Somos nós que vamos elaborar as propostas para o plano estadual, por isso a importância deste encontro”, afirmou Sandra.
Também participaram do encontro o presidente da Emater-MG, Glenio Martins, o deputado federal Reginaldo Lopes, o deputado estadual Cristiano Silveira, a antropóloga norte-americana Sheila Walker, a presidente da Fucam, Maria Tereza Lara, a representante do Incra, professora Lucy Rodrigues, entre outras autoridades.
Avanços no segmento
Minas Gerais é o terceiro estado com maior número de quilombos no país. Em 2015, com o apoio do Governo de Minas Gerais, foi criada a Comissão Estadual para o Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais. Outra ação relevante é o suporte a empreendimentos de jovens quilombolas rurais, como o Canjerê – Festival de Cultura Quilombola de Minas Gerais.
Quilombolas debatem plano de ação para desenvolvimento sustentável (Divulgação/Seda)