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Decretos favorecem quilombolas e reforma agrária

O Brasil caminhou um pouco para diminuir ainda mais a imensa desigualdade no acesso à terra com a assinatura de 25 decretos de desapropriação de imóveis rurais para reforma agrária e regularização de território quilombolas (1º/4). No total, foram destinados pela presidenta Dilma Rousseff 55 mil hectares de terra para reforma agrária (34 mil) e comunidades
quilombolas (21 mil), divulgou na mesma data o Blog do Planalto. A medida deve beneficiar 1.844 famílias, sendo 680 de remanescentes de escravos e 1.164 de trabalhadores rurais sem terra. Na solenidade, a presidenta afirmou que os decretos ajudam a produzir bem-estar para as famílias já que “o acesso á terra bem cultivada significa riqueza para os brasileiros e brasileiras”, registrou o blog. Um hectare corresponde aproximadamente às medidas de um campo de futebol oficial, informou ainda a Agência Brasil (1º/4). As 21 áreas desapropriadas para reforma agrária estão situadas no mato Grosso do Sul, minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, rio Grande do norte e Tocantins, uma por estado; Sergipe e Bahia, com duas; e Goiás, maranhão e Ceará, com três.
 
“Desde 2011 nós conseguimos assentar 134,4 mil famílias e foram criados 592 assentamentos”, disse a presidenta Dilma em fala registrada pelo Blog do Planalto. Outros quatro decretos de regularização de territórios quilombolas vão beneficiar famílias das Comunidades de Caraíbas (SE), Gurupá (PA). Macambira (RN) e Monge Belo (MA). “Nós já estamos no território, queremos agora documentar isso. Nós queremos que o governo nos reconheça”, manifestou a representante da Coordenação Nacional das Articulações das Comunidades Quilombolas (Conaq), Kátia Penha. O G1 (1º/4) destacou que o secretário de Finanças da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), Aristides santos, defendeu a ocupação de propriedades rurais e, diante da presidenta, reforçou “vai ter reforma agrária, vai ter luta e não vai ter golpe”. Segundo a Agência do PT (1º/4), tanto a Contag como o MST aproveitaram a cerimônia para cobrar agilidade e mais recursos para a reforma agrária. “Tem muita terra improdutiva e tem muitos agricultores sem terra ou com pouca terra. A reforma agrária só vai ajudar a baratear inclusive os alimentos que chegam à mesa do cidadão brasileiro”, destacou Aristides. Falando pela Coordenação Nacional do movimento dos trabalhadores Rurais Sem terra (MST), Alexandre Conceição comemorou a assinatura dos decretos. “A assinatura desses decretos nos enche de esperança que a reforma agrária avançará a passos largos no seu governo, porque nos últimos três ou quatro anos mais de cem milhões de hectares foram reconcentrados nas mãos do latifúndio”, disse.

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