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Mulheres quilombolas têm roda de conversa sobre violência e direitos

Mulheres da Associação Quilombola Morro São João, no município de Santa Rosa, localizado na região Sudeste, distante 160 km de Palmas, participaram ontem, domingo, dia 06 de março, de uma roda de conversa sobre violência doméstica, preconceito, racismo, empoderamento e Lei Maria da Penha. Enquanto elas debatiam temas que lhes dizem respeito, os homens da comunidade prepararam e, posteriormente, lhes serviram o almoço. Ao todo, a comunidade conta com 250 moradores.
 
A atividade foi realizada pela Gerência de Promoção da Igualdade Racial da Secretaria de Estado da Cidadania e Justiça em comemoração antecipada a 8 de março, dia Internacional da Mulher, por meio da agenda de ações integradas Viva Mulher, desenvolvida pelo Governo do Estado para acontecer durante todo este mês focando três eixos de atuação Saúde e Bem Estar, Cidadania e Inclusão Produtiva.
 
Para a presidente da Associação, Luciene Rodrigues Nogueira Negri, a comunidade recebeu a Ação Viva Mulher de braços abertos. "Aqui prezamos pela união, pois somos uma família só, e pelo dialogo. Todos os temas abordados trouxeram informações importantes para nós mulheres, que a partir de agora iremos multiplicar", disse.
 
De acordo com o gerente de Promoção da Igualdade Racial, André Luís Gomes da Silva, a ação na comunidade mostra que o Governo do Estado está atento aos direitos das mulheres. "Trabalhamos em prol de políticas públicas para estruturar as comunidades quilombolas. No nosso Plano Plurianual (PPA), temos várias ações nesse sentido. Sabemos que algumas políticas levam mais tempo para ser efetivadas, mas com diálogos como esse avançamos bastante", lembrou.
 
Salete Castro, analista de Desenvolvimento Social da Secretaria da Cidadania e Justiça e integrante do Grupo de Articulação das Mulheres Negras, falou sobre violência contar a mulher e preconceito. "Temos que acabar com essa cultura de violência e incentivar a cultura da paz, começando ainda nas escolas e dentro de casa, enquanto formamos cidadãos. Um homem machista e violento pode ter trazido esse comportamento da infância. Portanto, precisamos refletir sobre isso, repudiar esse tipo de violência em todos os espaços e ficar atentos", alertou.
 
Ação Viva Mulher
Esse projeto é destinado às mulheres tocantinenses durante todo o mês de março e envolve órgãos da administração estadual e parceiros como a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Tribunal de Justiça, Ministério Público Estadual, Defensoria Pública do Estado e diversas organizações da sociedade civil.

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