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Investimentos proporcionam avanços da educação nas comunidades Quilombolas

Mato Grosso conta com cinco escolas estaduais que atendem comunidades remanescentes de quilombos no estado. Essas unidades escolares requerem pedagogia própria em respeito à especificidade étnico-cultural de cada comunidade, trabalho realizado pela Secretaria de Estado de Educação (Seduc) por meio da Superintendência de Diversidades Educacionais.

Em 2015, cada uma das cinco unidades, localizadas nos municípios de Chapada dos Guimarães, Santo Antônio do Leverger, Barra do Bugres, Nossa Senhora do Livramento e Vila Bela da Santíssima Trindade, recebeu R$ 27 mil para atender o ensino dos Saberes Quilombolas, totalizando R$ 135 mil para as cinco escolas. O investimento beneficiou, cerca de três mil alunos da Educação Básica.

Essa verba é distribuída durante o ano letivo no ensino de três disciplinas que abarcam a história, cultura e expressão artística dos povos quilombolas. São elas: Prática em Ciência Social Quilombola, Prática em Técnica Agrícola Quilombola e Prática em Arte e Artesanato Quilombola. O acompanhamento do investimento nas comunidades dessas verbas do Tesouro do Estado é realizado por técnicos da Superintendência de Diversidades Educacionais da Seduc. 

O investimento nos saberes de cada comunidade é apenas uma das facetas do trabalho realizado para o ensino e valorização da cultura quilombola. Essas cinco unidades escolares quilombolas receberam formação dos profissionais, obras literárias específicas e incentivo às atividades sobre as relações raciais.

A superintendente de Diversidade da Seduc, Gonçalina Eva de Almeida explica que a secretaria desenvolve ações com o intuito de promover políticas públicas que visam a prática de uma educação pluriétnica e multicultural. Garantindo dessa forma, a visibilidade da história e cultura dos povos quilombolas no currículo escolar em todos os níveis de ensino.

Gonçalina Eva destaca as ações da Seduc em 2015, como a formação dos educadores que atuam em escolas quilombolas. Além disso, os professores da rede estadual, profissionais da rede municipal de Poconé e formadores dos Cefapros dessas localidades também foram capacitados. O objetivo é qualificar o trabalho docente voltado às políticas de educação quilombola.  Nessa qualificação a Seduc investiu R$ 101.060,00.

Ainda esse ano, foi enviado aos Cefapros o livro Síntese da Obra História Geral da África, acompanhada de resenha intitulada África tem História. A secretaria também enviou as escolas quilombolas e assessorias pedagógicas um conjunto de sete obras literárias que discute diversidade, entre os tipos, a étnico-racial.

A Secretaria de Estado de Educação ainda possui um acento permanente no Conselho Estadual de Promoção da Igualdade Racial de Mato Grosso e do Fórum Permanente de Educação e Diversidade Etnicorracial de Mato Grosso, esse último em fase de reorganização. As duas entidades são constituídas por instituições governamentais e não governamentais.

Uma parceria entre a Seduc e as Faculdades Evangélicas Integradas Cantares de Salomão (Feics) permitiu a execução do Curso Relações Étnico- Raciais, Afro-Brasileiras e Indígenas.

Ensino da cultura afro

Ao final do ano letivo, no mês de novembro, as escolas quilombolas realizam a culminância pedagógica do trabalho desenvolvido durante o ano letivo sobre os Saberes Quilombolas, em alusão ao Dia da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro.

Durante o mês foram apresentadas nessas comunidades as intervenções Capoeira no Brasil e em Mato Grosso; o Processo Migratório em Cuiabá; Comunidades Quilombolas de Mato Grosso; População Indígena em Mato Grosso; Exposição e Feira Cultural, City Tour pela Cidade em pontos históricos com influência negra e indígena.

No intuito de aplicar efetivamente as Leis 10.639/03 e 11.645/08, que estabelecem a obrigatoriedade do ensino de História e Cultura Africanas, Afro-Brasileiras e Indígenas na Educação Básica, a Superintendência de Diversidades Educacionais enviou à todas as escolas da rede estadual em julho desse ano, a Nota Técnica nº 09/2015.

E em novembro, técnicos da superintendência acompanharam as culminâncias pedagógicas do cumprimento da Lei em escolas de Cuiabá e Várzea Grande com o projeto “Novembro Negro, Cidadão”.

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