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Seminário estadual de quilombolas reuniu comunidades da região

Com o objetivo de aproximar atores sociais relacionados ás comunidades quilombolas, a Federação de Associações das Comunidades Quilombolas do Rio Grande do Sul (FACQ-RS) realizou o 1° Seminário Estadual de Quilombolas. O evento aconteceu nesta terça-feira (25/08), na Sede da Comunidade Vó Ernestina, em Morro Redondo.
Com apoio da Emater/RS-Ascar e Secretaria de Desenvolvimento Rural e Cooperativismo, o Seminário contou com a presença de diversas autoridades, como o prefeito Ri Brizolara, o presidente da Emater/RS, Clair Tomé Kuhn, o diretor técnico da Instituição, Lino Moura, o presidente da FACQ-RS, Antônio Cruz, representantes do Ministério do Desenvolvimento Agrário e da SDR, entre outras lideranças de comunidades quilombolas de diversas localidades da região.
 
Dentro das atividades, foram discutidas as necessidades das comunidades para se pensar em uma política e em maneiras de trabalho diferenciadas, com atenção voltada para a história e a cultura do povo quilombola. Para Lino Moura, “o trabalho realizado nessas comunidades é tão importante quanto o trabalho realizado com pescadores, agricultores e indígenas”. O diretor destaca que, através de eventos como este, é possível discutir possibilidades de atendimento voltado para os diferenciais das comunidades quilombolas.
 

Além de políticas diferenciadas no atendimento técnico às comunidades, foram apresentadas outras questões, como educação e saúde. Recentemente a Universidade Federal de Pelotas (Ufpel) abriu edital de seleção para vagas específicas para quilombolas e indígenas, tipo de seleção que também já existe na Universidade Federa do Rio Grande (FURG). Essas vagas são resultado de uma luta que ainda continua para que nos próximos editais exista um maior número de selecionados.
 
Outra pauta em questão foi a aproximação do Grupo Hospitalar Conceição (GHC) com a comercialização de produtos produzidos em quilombos. A atividade serviu para discutir como seria feita a compra de produtos para o GHC, que apoia e ajuda a dar visibilidade à produção quilombola, que na maioria das vezes não é lembrada e fica de fora do mercado.
O Seminário reuniu dezenas de quilombolas de diversas comunidades da região Sul e debateu a afirmação de políticas voltadas a sua realidade, com intuito de promover o conhecimento da história, inclusão social e atendimento de suas singularidades.

 

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