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ONU grava documentário no território quilombola Dandá (BA)

O projeto “International Decade for people of African Descent” da Organização das Nações Unidas (ONU) escolheu o território quilombola Dandá, na Bahia, como locação para as filmagens de um dos seus três documentários sobre a situação dos descendentes de escravos africanos.

O documentário será lançado no dia 23 de agosto na internet e por broadcast que atinge mais de 60 países. Serão duas versões, uma de quatro e outra de oito minutos.

A equipe chegou nesta terça-feira (09) na Bahia e fica até o dia 16 para entrevistar famílias remanescentes de quilombos e visitar locais com registros históricos sobre a mão de obra escrava em Salvador e a herança cultural deixada na cidade.

Nesta quarta-feira (10), o diretor de Ordenamento da Estrutura Fundiária do Incra, Richard Torsiano, concedeu entrevista para a equipe e explicou sobre o avanço do Programa Brasil Quilombola no país.

“São 1,6 mil comunidades trabalhadas pelo Incra dentre as duas mil certificadas pela Fundação Cultural Palmares”, ressaltou. Torsiano acrescentou que a ação beneficia aproximadamente 32 mil famílias remanescentes de quilombo.

ONU

A produtora da divisão de Rádio e TV da ONU, Mary Ferreira, cujo escritório está sediado em Nova York, destacou que os documentários têm o objetivo de divulgar como vivem os descendentes de escravos africanos na atualidade e como eles estão conquistando justiça e reparação social.

O projeto “International Decade for people of African Descent”, de acordo com Mary, está alicerçado nos pilares do conhecimento, justiça e igualdade. “Trata-se de uma década de reflexão, até 2024, sobre a população escravizada", enfatizou.

O primeiro documentário produzido sobre a temática foi gravado na Carolina do Sul, nos Estados Unidos, e lançado em abril deste ano. O conteúdo está disponível na internet. O segundo documentário está sendo filmado na Bahia, e o terceiro ainda será decidido pela equipe da ONU. Uma das possibilidades é que seja feito em Bonaire, no Caribe. 

Além dos documentários, o “International Decade for people of African Descent” tem um programa de bolsas para pessoas de ascendência africana. Acesse www.ohchr.org ou www.un.org/en/events/africandescentdecade e saiba como participar. As inscrições vão até 01 de julho. 

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