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Comunidade quilombola de Solonópole busca reconhecimento

Há 104 km de distância do município de Quixeramobim, várias famílias descendentes de escravos buscam o reconhecimento de uma comunidade quilombola em Solonópole, no Sertão Central.

Uma das descendentes, Lurdes, moradora da comunidade de Estrela, zona rural de Solonópole, afirma que seu pai, para fugir do engenho, colocou fogo nos canaviais de Alagoas e fugiu para o Ceará. “Meu pai e minha mãe fugiram pela noite de Alagoas. Essa história eu sei desde os nove anos de idade”, disse.

Mantendo a cultura viva, as danças “Maneiro Pau” e “Dança do Coco” são passadas de geração em geração na comunidade. Outros moradores também afirmam ser descendentes de escravos e pedem ajuda para conseguir recursos para o movimento quilombola.

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