Comunidade Quilombola realiza 6ª Festa da Banana
A 6ª edição da Festa da Banana Quilombola foi realizada no último domingo (06.07) no barracão da associação da Comunidade Negra Rural Quilombo Ribeirão da Mutuca, que fica na Rodovia Transpantaneira/MT-060, em Nossa Senhora do Livramento.
A programação incluiu apresentações culturais de cururu, siriri, dança afro, feira quilombola com exposição de artesanato regional e subprodutos da banana como a farinha de banana verde, licor, bala, doce e rapadura de banana. “Nosso almoço segue a tradição dos anos anteriores: carne seca com banana verde, farofa de banana e arroz branco”, ressaltou Maria Renata de Jesus, vice-presidente da associação.
O objetivo da festa é valorizar e fortalecer a cultura afrodescendente, mantendo a identidade do povo quilombola. “Nós pertencemos ao município de Nossa Senhora do Livramento, onde somos tidos como os ‘papas bananas’ e a gente vê que essa cultura está se perdendo, então, esta é uma forma da gente poder conscientizar as pessoas a continuar cultivando as bananas, visto que podemos fazer diversos pratos com ela”, ressaltou Laura Ferreira da Silva ex-presidente da Associação da Comunidade Negra Rural Quilombo da Mutuca e uma das organizadoras da festa.
A comunidade quilombola da Mutuca possui cerca de 120 famílias e faz parte do território de Mata Cavalo, que é um complexo composto por seis comunidades: Mutuca; Mata Cavalo de Baixo; Mata Cavalo de Cima; Aguaçú; Capim Verde e Ponte da Estiva.
Os remanescentes de quilombos são beneficiários do Programa Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural para a Agricultura Familiar e Reforma Agrária (PNATER), supervisionado pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA). Em Mato Grosso, o órgão público oficial que presta atendimento de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) é a Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), por meio da Chamada Pública da Sustentabilidade que atende as áreas social, econômica e ambiental. “Nós conseguimos incluir a festa da banana na área social, visto que já é uma tradição da comunidade, então nossa intenção é manter as raízes e identidade”, explicou a engenheira agrônoma da Empaer, Renilce Magalhães.