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Relatório do Incra gera expectativa em quilombolas do Rio dos Macacos

A divulgação do Relatório Técnico de Identificação e Delimitação (RTID) do Quilombo Rio dos Macacos, na Bahia, é aguardada com expectativa e preocupação pelos moradores da comunidade. No começo de junho,  a Justiça determinou prazo de 30 dias para que o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) publique o documento.

A produtora rural Olinda de Souza Oliveira, que nasceu no quilombo, espera uma negociação favorável à comunidade, mas relata problemas na demarcação das terras.
 
“O que a gente do quilombo quer é o que é da gente seja por direito, a gente nasceu aqui. Eu tenho 55 anos, eu nasci aqui. Minha mãe tem 88 anos. Essa área que foi dada para o quilombo não é nem um terço da área que a gente pleiteava e pleiteia.”
 
O relatório, concluído em 2012, ainda não foi publicado oficialmente em edital pelo Incra. A publicação do estudo é necessária para que órgãos do governo, além dos ministérios, analisem e atendam as necessidades específicas dos quilombolas.
 
Olinda destaca ainda que são frequentes as perseguições e violência da Marinha contra a comunidade.
 
“A gente aqui sempre viveu oprimido e aqueles que saíram é porque foram obrigados a sair para ir para casa de parentes, e muitas das pessoas que foram expulsas porque a vila naval. Tem muitas pessoas morando de aluguel.”
 
A comunidade do Quilombo Rio dos Macacos, no município de Simões Filho (BA), é formada por cerca de 70 famílias que vivem tradicionalmente no local há mais de 200 anos. O conflito em torno do território teve início a partir da década de 1970, quando foi criada a Base Naval de Aratu.

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