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MIS Campinas exibe produções desenvolvidas em comunidades quilombolas

Nesta semana em que é comemorado o Dia da Consciência Negra, 20 de novembro, o Museu da Imagem e do Som (MIS) de Campinas e a Casa de Cultura Tainã exibem produções documentais que se desenvolveram em comunidades quilombolas no V Ciclo de Cinema Documental com um especial da Rede Mocambos. As obras serão apresentadas de terça (19) até sábado (22), a partir das 19 horas, no MIS.

Já no domingo, dia 24, serão exibidas cinco produções documentais na Casa de Cultura Tainã, na Vila Padre Manoel da Nóbrega, às 17h.

A Rede Mocambos é uma rede de comunicação comunitária constituída de comunidades rurais, como comunidades quilombolas, indígenas, caiçara e também em comunidades urbanas. Fundada em 2007 como um projeto desenvolvido em parceria com o Ministério das Comunicações, a Rede funciona por meio de articulações locais que organizam seus telecentros e estruturam um processo de comunicações para romper com o histórico de isolamento a que foram confinadas.

A Rede Mocambos hoje engloba 200 comunidades, no qual se integram por meio de trocas permanentes de projetos, saberes e produtos. Dentre estas trocas, estão os saberes tecnológicos para o domínio dos processos de comunicação e das linguagens, que passaram a ser desenvolvidas junto ao campo tradicional de cultura de cada comunidade.

Programação:
MIS – 19h

19/11
Curta-metragem “Brincando com os Deuses” – direção Guta Galli (dur. 8' 30'' – Guarulhos, SP, 2010)
Representações de crianças em torno das divindades do Candomblé, apresentando os conceitos e elementos que caracterizam cada divindade.

Longa-metragem “A Cidade das Mulheres” – direção Lázaro Farias (dur. 72' – Salvador, BA, 2005)
Panorama da identidade visual e cultural de mulheres baianas que, através de gerações, criaram mitos, divindades que atuam no cotidiano da cidade. Roteiro inspirado no livro “A Cidade das Mulheres” da antropóloga americana Ruth Landes, escrito nos anos 30 do século XX.

20/11
Média-metragem “Bumbo Dá Samba” – direção Mariana Valença, I. Vitoriano, P. Fabi e R. Pagiuso (dur. 21' 20'' – Curso Jornalismo PUC-Campinas, Campinas,SP, 2003)
Um olhar lúdico e ensaísta sobre a trajetória do samba de bumbo, a partir da história de pessoas de Campinas, Pirapora e São Paulo, que participam ou participaram das rodas de samba rural paulista. Uma contemplação da cultura negra, através do paradoxo entre a força do tambor e a fragilidade social.

Longa-metragem “Pedra da Memória” – Dir. Renata Amaral (dur. 59' 20'' – São Luís, MA, 2011)
Um diálogo estético entre as tradições populares do Brasil e do Benin (África Ocidental), em uma aproximação poética e reveladora conduzida pela memória de Pai Euclides Talabyan da Casa Fanti Ashanti.

21/11
Curta-metragem “Caixa Preta” – direção Ana Cláudia Okuti (dur. 17' 30'' – Produção Nós do Morro – Rio de Janeiro, RJ, 2009)
Docudrama sobre os dilemas da população pobre do Rio de Janeiro, enfrentando dificuldades financeiras, desemprego, estigmatização social e violência Policial.

Média-metragem “BAC Tainã” – direção coletivo da Casa de Cultura Tainã (dur. 24' – Casa de Cultura Tainã – 2003)
Roda de conversa do pessoal da Tainã com Cláudio Prado, representante do MinC, sobre as configurações possíveis do Programa Cultura Viva/Pontos de Cultura.

Curta-metragem “Semba” – direção José Guilherme Maia Lopes (dur. 6' 56'' – Casa de Cultura Tainã, Campinas, SP, 2012)
Apresentação da obra do artísta plástico Aluízio Jeremias, através da exposição Semba, abordando a história do samba campineiro.

22/11
“Quilombo Brasil” – coletânea de vídeos sobre projetos desenvolvidos por Quilombos da Rede Mocambos. Produção: Política do Impossível/Casa de Cultura Tainã/Rede Mocambos – dur. 128', 2011.

“Luz Quilombola”- dur. 15' 20'' – Quilombo Ribeirão Grande, Vale da Ribeira, SP.
A construção de um gerador de energia movido por uma roda d'água para prover de energia elétrica o Quilombo Ribeirão Grande.

“Deslocamentos no Maranhão”- dur. 32' 20'' – Quilombo Canelatiua, Alcântara, MA. História do tratamento dado aos diversos quilombos da região de Alcântara, por conta da instalação e ampliação da Base Aeroespacial.

“Voz Livre, o que é ser quilombola hoje?” – dur. 17' 30'' – Olinda, PE.
O Quilombo Urbano do Xambá e a Rádio Amnésia reordenando adinâmica das tradições afro-brasileiras de Olinda.

“Conceição das Crioulas” – dur. 20' – Quilombo Conceição das Crioulas, PE.
Tensões e dilemas da trajetória de um quilombo com mais de 200 anos.

23/11
Curta-metragem “Quilombo Rio Do Macaco” – direção Josias Pires (dur. 15' – Bahia, Brasil, 2011)
Canudos é aqui, entre Salvador e Simões Filho, na Baía de Aratu. Este filme mostra que a Marinha do Brasil deflagrou nesta região guerra a um grupo de famílias negras descendentes de escravos que vivem ali antes da chegada da marinha. Hoje constituem mais de 50 famílias reconhecida pela Fundação Cultural Palmares como remanescente de quilombo.

Média -metragem “A Voz dos Quilombos”– direção Lellete Couto (dur. 22' – Superintendência da Igualdade Racial da Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos Rio de Janeiro, RJ, 2009)
Documentário que tem por objetivo dar visibilidade aos remanescentes dos quilombos que vivem na Região Médio Paraíba, interior do Estado do Rio de Janeiro. A produção do filme foi acompanhada por jovens que participaram do I Encontro Est. da Juventude Quilombola.

Curta-metragem "Arquitetura da Exclusão" – direção Daniel Lima (dur. 15' 30'' – Rio de Janeiro, RJ, 2010)
O documentário propõe um questionamento sobre os muros, visíveis e invisíveis, que permeiam os centros urbanos. Nesta proposição, o Morro Santa Marta, primeira favela a ser cercada por muros construídos pelo Estado do Rio de Janeiro, e o carnaval carioca apresentam-se como situações potentes da nossa realidade e imaginário.

Curta-metragem “Caso Laurindo Gomes” – direção José Guilherme Maia Lopes (dur. 17', Cor – 2013 – Prosa na Serra, Iporanga, SP)
Laurindo Gomes, do Quilombo de Praia Grande – Iporanga, SP, sua história se mistura com a história de lutas das comunidades tradicionais do Vale do Ribeira, há quase 3 anos foi brutalmente assinado. Laurindo é lembrado por lutar pelos direitos aos territórios tradicionais, reconhecimento oficial das comunidades caboclas e quilombolas.

Casa de Cultura Tainã – 17h

24/11
“Quilombo Brasil” – coletânea de vídeos sobre projetos desenvolvidos por Quilombos da Rede Mocambos. Produção: Política do Impossível/Casa de Cultura Tainã/Rede Mocambos

“Deslocamentos no Maranhão” – dur. 32' 20'' – Quilombo Canelatiua, Alcântara, MA. História do tratamento dado aos diversos quilombos da região de Alcântara, por conta da instalação e ampliação da Base Aeroespacial.

“BAC Tainã”- Curta-metragem – dur. 24' – Casa de Cultura Tainã – 2003
Discussão das proposições culturais sobre a definição do Programa Cultura Viva

“Semba” – direção José Guilherme Maia Lopes
Curta-metragem – dur. 6' 56'' – Casa de Cultura Tainã, Campinas, SP, 2012 Apresentação da obra do artísta plástico Aluízio Jeremias, através da exposição Semba, abordando a história do samba campineiro.

“IPADE da Juventude Quilombola e Indígena no Rio Grande do Sul” – direção PC Barbosa – Curta-metragem – dur. 16' 19'' – Núcleo Sul de Formação e Comunicação da Rede Mocambos – 2013.

Serviço:
MIS Campinas – Palácio dos Azulejos. Rua Regente Feijó, 859, Centro. (19) 3733-8800
Casa de Cultura Tainã. Rua Inhambú, 645, Praça dos Trabalhadores, Vila Padre Manoel da Nóbrega
Entrada: gratuita

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