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Quilombo Rio dos Macacos ocupa a Tribuna Popular

O Quilombo Rio dos Macacos, localizado próximo à Base Naval de Aratu, foi representado na Tribuna Popular da Câmara Municipal de Salvador, na sessão ordinária desta segunda-feira (17), por Rosemary dos Santos Silva. Ela denunciou “arbitrariedades” cometidas pela Marinha do Brasil, que reivindica a área, pedindo o apoio dos vereadores e da sociedade para a luta pela preservação do território quilombola.

São, segundo ela, 67 famílias que lutam pela permanência na área, ocupada há mais de 200 anos. “E o nosso direito de ir e vir, onde é que fica?”, questionou Rosemary, acusando a Marinha de agir com violência e desrespeitar os direitos humanos.

A representante do Rio dos Macacos afirmou que os moradores, sobretudo as crianças, estão vivendo num clima de pânico. “Já morreu gente em função dessa tensão. Minha filha já teve um fuzil apontado para a sua cabeça. Se direito humano existe a nossa comunidade não sabe o que é isso”, desabafou Rosemary.

Comissão
Por sugestão da vereadora Aladilce Souza (PCdoB), ouvidora-geral da Casa, acatada por colegas de vários partidos, será formada uma comissão suprapartidária para acompanhar de perto o litígio entre o Quilombo e a Marinha. “Precisamos assegurar que essas pessoas sejam tratadas de forma digna”, frisou.

Foi proposta também, pelo vereador Hilton Coelho (PSOL), uma audiência pública da Comissão de Planejamento Urbano e Meio Ambiente, presidida pelo vereador Suíca (PT), para discutir todos os aspectos do impasse entre a comunidade quilombola e a Marinha. O vereador Gilmar Santiago (PT), líder da oposição, concordou com as ações sugeridas e propôs a aprovação de uma Moção de Apoio ao Quilombo Rio dos Macacos, “diante do grau de intransigência da Marinha”.

Falaram em solidariedade aos quilombolas, ainda, os vereadores Moisés Rocha (PT), Tiago Correia (PTN), Odiosvaldo Vigas (PDT), Fabíola Mansur (PSB), Leandro Guerrilha (PSL) e Leo Prates (DEM). O vereador Orlando Palhinha (PP) acusou a existência de “politicagem” no movimento e frisou que a Marinha, além de pagar a água consumida pela comunidade, se predispôs a trocar a área por outra urbanizada e com casas construídas. Da galeria, representantes do Rio dos Macacos negaram que a água seja paga pela Marinha.

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