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Governador media negociação sobre terreno do Quilombo Rio dos Macacos

Os moradores da comunidade quilombola Rio dos Macacos, localizada no município de Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador, se reuniram no final da manhã desta quarta-feira (22) com o governador Jaques Wagner, na Governadoria, no Centro Administrativo da Bahia (CAB), na capital baiana, para discutir propostas de negociação do terreno, ocupado pelo grupo, que é reclamado pela Marinha do Brasil.

Colocando-se como mediador do processo, o governador prometeu o seu apoio ao processo de negociação entre as partes, para resolver a situação. “Eu quero ajudar a terminar este conflito, levar os argumentos deles até o Governo Federal e articular uma solução”, disse.

Wagner enfatizou que a Marinha já fez uma proposta e afirmou que “junto com os moradores encontraremos uma negociação, para que todos possam ter tranquilidade, com a garantia de direito a água, moradia, aposentadoria e possa haver o fim deste conflito”.

Esperança

Para a moradora, Olinda Oliveira, 53 anos, a partir da mediação do governador, a esperança voltou a surgir. “Estamos esperançosos e acreditando que com esta audiência o governador vai nos ajudar e intermediar uma negociação com o governo e com a presidente, para que a gente consiga avançar neste processo. Esta é minha esperança”.

Paralelo ao andamento do processo, medidas sociais serão viabilizadas pelo Governo do Estado para garantir o direito dos moradores, como informa o secretário estadual de Promoção da Igualdade (Sepromi), Elias Sampaio. Segundo ele, o governo estadual vem atuando como mediador desde o ano passado. “O governo federal já apresentou uma proposta para a comunidade e enquanto a negociação não é finalizada vamos levar aos moradores, além de ações sociais federais, medidas do Governo do Estado, como busca ativa, melhoria de acesso à saúde, bolsa família e o Topa [Todos pela Alfabetização]. Tudo em comum acordo com a Marinha do Brasil e o Governo Federal, atuando como parte intermediária”.

A líder comunitária Rosimeire Silva também está confiante. “Acho que com este apoio vamos conseguir resolver principalmente questões relacionadas aos direitos humanos e benefícios para a comunidade”.

A comunidade do Quilombo Rio dos Macacos é formada por cerca de 70 famílias que vivem no terreno, cuja propriedade é reclamada pela Marinha, que entrou com processo judicial para a retomada da área.

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