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Alimentação escolar quilombola em debate

Na última segunda-feira (18) as nutricionistas do Centro Colaborador em Alimentação Escolar (Cecane-UFG), Sara Cadige de Freitas e Geisa Juliana, apresentaram resultado de estudos sobre a alimentação de estudantes quilombolas em Minaçu. É que o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), "prevê um atendimento diferenciado para escolas localizadas em áreas de remanescentes de quilombos, o PNAE Quilombola". O objetivo da pesquisa era identificar aspectos relacionados à alimentação, saúde e qualidade de vida de alunos quilombolas matriculados em escolas públicas rurais ou urbanas, municipais ou estaduais.

A reunião em Minaçu foi organizada pela Superintendente de Igualdade Racial, Dita Godinho. A vice-prefeita Líria de Sene representou o prefeito Maurídes Rodrigues (PSDB). Foram identificadas cinco escolas no município com um total de 206 estudantes de origem quilombola matriculados. Desse total, apenas uma escola urbana está inserida no PNAE Quilombola. O estudo também verificou a existência de um Conselho de Alimentação Escolar (CAE), estruturado mas sem conhecimento sobre o PNAE.

As pesquisadoras também verificaram que apenas uma das escolas possuiu saneamento básico público. Outra possui saneamento parcial e três se utilizam de fossas rústicas. A alimentação foi considerada satisfatória, contudo, não verificou-se conhecimento de utilização de alimentos quilombolas. Foram também entrevistados 46 professores e apenas oito mencionaram conhecer a cultura alimentar quilombola e trabalhavam o tema em sala de aula.

SUGESTÕES

O estudo sugere ao seu final que o CAE busque um maior envolvimento com PNAE. Que as escolas não inseridas no PNAE quilombola sejam registradas no Censo Escolar e passeM a receber os benefícios. Que todos os envolvidos passem a se aprofundar mais no PNAE quilombola. Que os cardápios se aproximem dessa realidade. Que professores e pedagogos sejam capacitados no assunto. Buscar maior aquisição de alimentos de agricultores familiares e, principalmente, quilombolas.

Também abordar a temática nas escolas. Sugere-se uma melhor investigação das famílias quilombolas para identificar e acompanhar aquelas em estado de maior vulnerabilidade. Formação e qualificação da responsável técnica no município. Rever preparação do cardápio para a zona rural e aumentar oferta de frutas e verduras. Enfim, incentivar o cultivo de hortas escolares.

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