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Deputada do PT critica presidente Dilma em conflito com quilombola

 

Durante audiência pública realizada na Câmara de Vereadores de Simões Filho (BA) para discussão do impasse entre a comunidade quilombola Rio dos Macacos e a Marinha do Brasil, a deputada estadual Luiza Maia (PT) criticou a conduta no governo federal diante do conflito pela posse da terra. “Tenho o maior respeito pela presidente Dilma, mas na questão da disputa das terras do Quilombo Rio dos Macacos, ela está errada”, afirmou. “A Marinha é comandada pela Presidência da República e ela precisa tomar uma posição urgente contra as barbáries sofridas pelas famílias que habitam as terras há mais de um século, como ficou atestado em documentos do Incra e Fundação Palmares”.

A audiência pública aconteceu nesta quinta (21) com a presença de representantes da comunidade quilombola. Segundo uma das líderes da comunidade, Rosemeire Santos de 34 anos, têm sido registrados vários tipos de violência: desde a psicológica, como ameaças, invasões do espaço para tirar fotos sem a permissão dos moradores, até a física com maus tratos. “Eles têm coragem de tirar fotos da gente. Se vamos pra algum bairro próximo somos seguidos pelo carro deles. A saída e a entrada da comunidade agora tem câmera e portão. Querem dar à comunidade como senzala”, contou Rosemeire, durante a audiência.

Os participantes da reunião discutiram a possível ida a Brasília, com o objetivo de expor o que está ocorrendo. Na opinião da deputada Luiza Maia, “a única coisa que ainda pode ser feita é acampar na porta do Palácio do Planalto”.

A deputada prometeu participar da caravana a Brasília e contribuir com as ações voltadas para garantir o direito à cidadania e a dignidade dos moradores do Quilombo Rio dos Macacos.

A comunidade quilombola Rio dos Macacos vive há mais de 100 anos no município de Simões Filho, na Bahia. A Marinha do Brasil chegou lá há cerca de 50 anos numa área que fica distanciada 10 km da Base Naval. A Marinha moveu o processo de nº2009.33.000.016792-4, que determina a desocupação da área onde está localizada a comunidade quilombola Rio dos Macacos.

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