19 de fevereiro de 2013
Novo projeto com quilombolas – KOINONIA entrevista Ana Gualberto

KOINONIA: Qual é o objetivo do projeto? E que ações serão realizadas?
Ana: O objetivo principal do projeto é o fortalecimento político das comunidades, desenvolvendo ações de formação, intercâmbio de saberes e produção de materiais informativos.
KOINONIA: Quais comunidades serão beneficiadas?
Ana: Atuaremos no estado do Rio divido em quatro regiões que agregarão as comunidades existentes. São elas norte/noroeste, sul/sudeste, serrana/metropolitana e lagos. Acreditamos que beneficiaremos pelo menos 30 comunidades quilombolas.

Ana Gualberto em oficina em Angra dos Reis
KOINONIA: As ações de KOINONIA sempre procuram promover a equidade de gênero e o protagonismo das mulheres nas comunidades. Isso acontecerá também neste projeto?
Ana: Sim. Manteremos atenção especial para garantir a participação de mulheres e jovens, colaborando com sua presença nos espaços e nas ações deformação.
KOINONIA: A ACQUILERJ (Associação das Comunidades Quilombolas do Estado do Rio de Janeiro) é parceira deste projeto. Como se dará essa parceria?
Ana: Além de discutirmos com a ACQUILERJ todas as ações realizadas no projeto, garantiremos também com recursos visitas de monitoramento nas quais a diretoria da ACQUILERJ estará presente, dialogando com as comunidades.
KOINONIA: A luta pela garantia dos diretos das comunidades quilombolas também é uma luta contra o racismo no Brasil? E o antagonismo à promoção dos direitos quilombolas também pode ser considerado uma forma de expressão de racismo?
Ana: Sem dúvida. Ainda é difícil para o senso comum aceitar a existência das comunidades quilombolas. É mais fácil dizer que são as pessoas que não querem trabalhar e querem que o governo as sustente e lhes dê terras. Ainda é uma luta afirmar tanto a existência das comunidades como pautar na sociedade que a desigualdade continua existindo e sua origem é antes de social, totalmente racial.