‘Minha casa, minha vida quilombola’ é lançado no Amapá
Distante 70 km de Macapá, a localidade de São Pedro dos Bois sente também os efeitos do resgate da credibilidade do Amapá ao ser primeira comunidade da Região Norte a receber o "Minha Casa, Minha Vida Quilombola". E neste sábado, 17, durante o lançamento oficial das obras, o governador Camilo Capiberibe, lembrou aos moradores que os investimentos não ocorrem somente na sede dos municípios.
Além do "Minha Casa, Minha Vida Quilombola", 42 agricultores, na localidade, são beneficiados pelo Programa Territorial de Agricultura Familiar (Protaf), que também tem mudado a vida do homem do campo.
“Aqui neste projeto não tem dinheiro do governo estadual, mas a presença dos nossos técnicos foi fundamental para tornar este momento possível, dando a orientação que essas famílias precisavam. Outro fator importante diz respeito a cre-dibilidade. Hoje, as instituições financeiras acreditam no Amapá”, declarou o governador Camilo.
Na comunidade estão sendo construídas 39 casas fruto da parceria entre o go-verno do Amapá, através da Secretaria Extraordinária de política para Afrodescendentes (Seafro) e a Caixa Econômica Federal, onde serão investidos cerca de R$ 1 milhão na construção das residências, no valor de R$ 30.500,00 cada.
As casas, que ficarão prontas até o final deste ano, medem 6,90m por 6m, sendo constituídas de dois quartos, banheiro, sala, cozinha e área de serviço. Detalhe: os futuros proprietários das residências pagarão quatro parcelas anuais de R$ 305,00, que corresponde a um valor do total de R$ 1.220,00. Ou 4% do valor da obra.
O gerente regional da Caixa Econômica Federal, Célio Lopes, disse aos moradores que no passado tinha-se uma ideia que era impossível acessar recursos federais e por conta disso o Amapá sempre ficava na lanterna, uma prática que foi rompida com o atual governo, que nos últimos dois anos conseguiu a liberação de verba para a cons-trução de 4.366 moradias no Conjunto Macapaba, entre outros recursos.
“O governador Camilo aprendeu a transformar papel em tijolo”, brincou Célio Lopes se referindo a eficiência com que os técnicos do governo conseguem liberação dos recursos federais. “Quando a autoestima das pessoas melhora, ocorre o mesmo processo com as instituições financeiras ficando mais fácil fa-zer negócio, até porque só negocia com quem tem credibilidade”, concluiu.