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Cultivo da mandioca em comunidades quilombolas é foco de projeto

 

No dia 22 de outubro uma reunião na comunidade quilombola de Mamuna, em Alcântara-MA, selou o início do projeto Farinha de Raízes, uma realização do Instituto Camargo Corrêa, Consórcio Cyclone 4 e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), com coordenação técnica do Instituto Aequitas e parceria com a Associação Beneficente Nova Galileia dos Moradores em Povoado do Mamuna. O projeto vai envolver ainda outras duas comunidades quilombolas da região: Brito e Baracatatiua.
 
O projeto Farinha de Raízes terá duração de 20 meses, com investimento de R$ 543 mil nas três comunidades, beneficiando diretamente 75 agricultores. O objetivo é elevar a produtividade do cultivo da mandioca – das atuais 5 toneladas por hectare por safra para 8 toneladas – e melhorar a qualidade da farinha produzida, fortalecendo a cadeia produtiva e incrementando a renda das famílias envolvidas. Além disso, será construída uma Casa de Farinha em Mamuna. As três comunidades terão assistência técnica rural para o desenvolvimento do manejo e cultivo da mandioca. E em Mamuna serão realizadas também ações para a melhoria do processamento das raízes e a sua comercialização. Serão realizadas junto aos agricultores atividades de planejamento do plantio, preparo e correção do solo, técnicas de plantio, controle de pragas, poda e colheita.
 
“Os moradores das comunidades utilizam quase toda a mandioca cultivada somente para subsistência e nós queremos apoiá-los a triplicar o faturamento da Associação”, informa Felipe Soares, analista do programa Futuro Ideal do Instituto Camargo Corrêa. De acordo com ele, serão implantadas técnicas consagradas para elevar a produção de raízes de mandioca, bem como aperfeiçoar e melhorar as etapas do processamento da farinha. Ele explica ainda que será criada uma marca para a farinha produzida, com certificação de produto quilombola, e assim alavancar a comercialização. “Para que isso ocorra de forma eficiente serão utilizadas tecnologias simples e de fácil adoção. Do plantio à colheita, a metodologia utilizada será participativa. Todos da comunidade construirão uma prática de como fazer, onde fazer, para que fazer e para quem fazer, sempre fomentando a construção de capacidades locais, de modo que as comunidades sejam autônomas no seu processo de desenvolvimento.”   

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