Comunidade quilombola Rio dos Macacos não aceita proposta do governo
Comunidade quilombola Rio dos Macacos questiona e não aceita proposta do governo apresentada em reunião na última quinta-feira (30), na sede da Advocacia-Geral da União, em Brasília, sobre o direito a posse das terras.
O projeto pretende destinar uma área de aproximadamente 230 mil metros quadrados, dentro do território reivindicado pelos descendentes de escravos, um espaço corresponde a 28,75% da área do local de disputa, que tem 800 mil metros quadrados. “É um absurdo nos oferecer uma área desse tamanho, é um pedaço muito pequeno de terra e a comunidade não aceita. Meu filho e minha neta vão morar onde?”, desabafou a representante da comunidade Rosimeire dos Santos.
Segundo Rosimeire, o principal questionamento da comunidade é em relação à quantidade de terras que o acordo pretende oferecer. “Deixamos a negociação em aberto, queremos saber para que a Marinha quer todo esse terreno, ele é nosso”, disse.
Ainda na proposta o governo quer garantir a autonomia das famílias sobre o território a construção de novas casas, acesso a água, luz e saneamento básico. A comunidade também teria acesso às ações de natureza econômica e social vinculadas ao programa Brasil Quilombola.
Durante a reunião, os representantes elaboraram um documento com as dúvidas sobre a proposta apresentada e entregaram ao governo, que serão encaminhadas por escrito e respondidas em no máximo 15 dias.