Comunidade quilombola vai receber cozinha escola e restaurante
SÃO LUÍS – Instalação de cozinha escola e de restaurante popular na comunidade quilombola de Catucá, reuniões com servidores da Agência Estadual de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural (Agerp) e com os trabalhadores rurais marcaram a visita do secretário de Estado de Desenvolvimento Social e Agricultura Familiar, Fernando Fialho, ao município de Bacabal. A viagem do secretário foi a segunda de uma série que será realizada este ano com objetivo de verificar o trabalho da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social e Agricultura Familiar (Sedes) nos municípios.
Na oportunidade, ele conversa com agricultores e técnicos especializados da Sedes. Integraram a comitiva, o secretário de Estado de Turismo, Jura Filho; o diretor geral da Agência Reguladora do Serviço Público do Maranhão, Remi Ribeiro; e deputado federal Alberto Filho, entre outras autoridades.
Fernando Fialho apresentou aos agricultores um filme sobre a mudança de vida de agricultores em São Luís, após receberem assistência técnica e apoio do Poder municipal. "É fundamental o engajamento dos prefeitos para o crescimento da Agricultura familiar nos municípios. Só assim combateremos a extrema pobreza no Maranhão", garantiu o secretário.
Povoado quilombola
Na comunidade quilombola Catucá, 24 famílias plantam culturas de tomates, pimenta, cebolinha, quiabo, couve, maxixe, rúcula, berinjela, macaxeira, mamão e pimenta, entre outras. Para ampliar a venda dos produtos, os agricultores solicitaram ao secretário a compra de um veículo e um frigorífico, Fialho determinou aos técnicos da Agerp que elaborarem projeto para viabilizar através de convênios as solicitações da comunidade.
O chefe do Departamento de Arranjos Produtivos Locais da Sedes, José Carlos Durans Pinheiro, tirou dúvidas dos trabalhadores na elaboração de projetos. A agricultora Raimunda Oliveira Carvalho, conhecida como dona Dinha, pediu orientação para projeto de construção de uma padaria na comunidade quilombola de Piratininga.
“A gente precisa aproveitar oportunidades como essa que o Governo está nos dando. Lá na comunidade, ninguém vende pão. Nós podemos vender para as famílias dos agricultores, escolas e presídio”, garantiu José Pinheiro.
No mercado, os agricultores vendem os produtos das comunidades diretamente para o consumidor, sem atravessadores entre produtores e compradores. O secretário pediu aos técnicos que elaborem um projeto apontando soluções para os problemas vividos em Bacabal.
Mulheres de Catucá
Comandada por mulheres, Gelza Souza Mendes, de 43 anos, lembra do tempo em que para irrigar as culturas as famílias se dividiam em grupos que começavam a trabalhar as 3h da madrugada até final da tarde. O esforço extremo possibilitava às famílias renda mensal em torno de apenas de R$ 30,00.
Com assistência técnica da Agerp, as agricultoras de Catucá, distante 20 km de Bacabal, passaram a ter renda mensal de até R$ 1.500,00.
Com orientações técnicas da Agência, a comunidade recebeu poço, caixa dágua, irrigação, sementes, cursos técnicos voltados para Agricultura familiar e, assim, viram a história de suas vidas mudarem. “Nosso trabalho diminuiu e nosso lucro aumentou. Nossos produtos são bons e vendemos rapidamente nos mercados, nas feiras, supermercados, postos de gasolina”, afirmou Gelza.
As informações são da Secom do Estado.
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