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Fórum inédito reúne índios, ribeirinhos, quilombolas e autoridades para debater conservação do Pantanal

Evento acontece dias 25 e 26 de outubro na Faculdade Salesiana de Santa Teresa em Corumbá/MS.

Na próxima semana, Corumbá sediará encontro inédito entre os povos do Pantanal e o poder público. Comunidades ribeirinhas, extrativistas e quilombolas, juntamente com povos indígenas, sentarão lado a lado com autoridades e pesquisadores para debater a vida no Pantanal e propor políticas públicas adequadas à região. O 1º Fórum Povos Tradicionais do Pantanal de Mato Grosso do Sul – Os saberes tradicionais e a conservação do Pantanal acontece na Faculdade Salesiana de Santa Teresa, nos dias 25 e 26 de outubro.

O encontro é realizado pelo Ministério Público Federal (MPF), Embrapa Pantanal e Faculdade Salesiana de Santa Teresa e conta com o apoio do Exército e da Marinha, das Prefeituras de Corumbá e Ladário, além da Superintendência estadual do Ministério da Pesca e Aquicultura. São aguardadas a participação de cerca de 250 pessoas, dentre elas: comunidade indígena guató, comunidades ribeirinhas da Barra do São Lourenço, Serra do Amolar, Paraguai Mirim e Porto da Manga, comunidade extrativista de Maria Coelho, representantes dos pescadores artesanais do Pantanal e comunidades remanescentes de quilombos além de mais de 120 professores e pesquisadores previamente inscritos.

O Fórum busca criar no Pantanal um ambiente em que as próprias comunidades se auto-organizem para a preservação da natureza e para a superação dos problemas comuns que enfrentam. A atividade é o desdobramento de uma oficina de direitos humanos que levou membros do Ministério Público Federal ao Pantanal em 2010, que escutou as demandas dos moradores e iniciou diversas ações para melhorar a vida dos ribeirinhos. É também reflexo do trabalho de entidades parceiras como a Embrapa/Pantanal que, através do trabalho de seus pesquisadores, assegura o conhecimento da realidades e dos desafios destas comunidades.

Para o procurador da República Wilson Rocha Assis os trabalhos do Fórum já ganharam uma dinâmica própria, que revela a força e a vitalidade das comunidades tradicionais do Pantanal. Espera-se que o Fórum contribua para afirmar o direito dessas comunidades ao meio ambiente em que vivem, de modo a garantir que o pantanal permaneça íntegro e conservado, para as presentes e futuras gerações

Mais informações sobre o evento estão disponíveis no site:

www.cpap.embrapa.br/forum

 

Programação

No primeiro dia, a programação começa às 19h, com a palestra Povos e Comunidades Tradicionais no Brasil Contemporâneo”, realizada pelo subprocurador geral da República, Aurélio Rios, representante da 6ª Câmara de Coordenação e Revisão do Ministério Público Federal, que trata de índios e minorias. No dia 26, a programação será retomada às 8h, com as seguintes palestras: Os desafios da etnoconservação no Pantanal de Mato Grosso do Sul, com Wilson Rocha Assis – procurador da República; Diversidade cultura e povos tradicionais no Pantanal de MS – os desafios da sustentabilidade e a valorização dos saberes tradicionais como reconhecimento de direitos, com Antonio Urquiza, professor de antropologia da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) e coordenador do programa Rede Saberes.

Ainda pela manhã acontecem as palestras Vale (Des)Encantado: trabalho feminino e estratégias de resistência na Comunidade de Antonio Maria Coelho,com a pesquisadora Aldalgiza Campolin, da Embrapa Pantanal; e Pantaneiros-cidadãos: diferentes formas de reprodução social – Populações tradicionais e uso dos recursos naturais pelos povos ribeirinhos, com a pesquisadora Cristhiane Oliveira da Graça Amâncio, da Embrapa Agrobiologia.

No período da tarde, a programação será retomada às 13h30, com as palestras Experiência da educação no Pantanal, com o professor Gilson Lima Domingos, da Secretaria Municipal de Educação, e André Luiz Siqueira, da ONG Ecoa; e Comunidades Tradicionais no Pantanal e Unidades de Conservação – Trilhando caminhos possíveis, com Fernando Franscisco Xavier, representante regional do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação da Sociobiodiversidade Associada a Povos e Comunidades Tradicionais do ICMBio.

A partir das 15h30 haverá relatos de experiências dos representantes de povos tradicionais presentes e a plenária final. A programação será encerrada com uma apresentação cultural. Paralelamente ao Fórum, acontecerá o Encontro das Crianças do Pantanal, espaço lúdico destinado à livre expressão das crianças e jovens que vivem no Pantanal, com prática de esportes, pintura, música e desenvolvimento de audiovisual sobre suas percepções da natureza, anseios e perspectivas de futuro.

<O Observatório Quilombola publica todas as informações que recebe, sem descartar ou privilegiar nenhuma fonte, e as reproduz na íntegra, não se responsabilizando pelo seu conteúdo.>

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