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Advogado e padre da Pastoral da Terra são ameaçados de morte

O advogado Diogo Cabral e o padre Inaldo Serejo, que trabalham para a ONG brasileira Comissão Pastoral da Terra (CPT), foram ameaçados de morte no dia 25 de julho em Cantanhede (MA). Enquanto assistiam a uma audiência relacionada à disputa de terras entre fazendeiros locais e a comunidade quilombola de Salgado, ouviram de um fazendeiro local que pessoas de fora traziam problemas para o povoado e que, devido ao apoio dado à comunidade quilombola, a gente tem que passar o fogo de vez em quando, que nem fizeram com a irmã Dorothy.

A disputa envolve uma área de terra no município de Pirapemas (a 133 km de São Luís). Embora o direito da comunidade de permanecer na terra tenha sido legalmente reconhecido em outubro de 2010, os agricultores conseguiram obter uma ordem judicial de despejo, que só foi suspensa após a intervenção de Diogo Cabral e Inaldo Serejo.

A ameaça contra o advogado e o padre Inaldo Serejo vem na sequência de uma série de ameaças contra as comunidades quilombolas na região e funcionários da CPT que os representam. Em maio de 2010, a Pastoral recebeu um telefonema dizendo que os alimentos das comunidades quilombolas seriam envenenados. Em 13 de junho de 2011, a sede da CPT em São Luís foi arrombada e documentos vasculhados.

Dois dias depois, outro escritório da CPT, em Pinheiro, perto de São Luís, foi arrombado, sendo que foram roubados documentos e um computador. Os moradores da comunidade quilombola de Salgado queixaram-se da existência de uma campanha de assédio e intimidação orquestrada pelos agricultores locais, que vem destruindo colheitas, matando gado, cercando fontes de água e ameaçando de morte líderes comunitários.

<O Observatório Quilombola publica todas as informações que recebe, sem descartar ou privilegiar nenhuma fonte, e as reproduz na íntegra, não se responsabilizando pelo seu conteúdo.>

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