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Quilombolas do Ribeira visitam comunidade modelo no Espírito Santo

Quatorze representantes do circuito quilombola do Vale do Ribeira realizaram visita técnica, entre os dias 2 e 6 de maio, à comunidade capixaba de Monte Alegre, considerada modelo de turismo de base comunitária pelo Ministério do Turismo (Mtur).

O circuito quilombola do Vale do Ribeira está a pleno vapor. O projeto iniciado em 2009 para fomentar o potencial turístico do Vale do Ribeira, aliado à riqueza da sociodiversidade local, vem se consolidando com a realização de atividades e intercâmbios com comunidades quilombolas de outras regiões do Brasil. A visita técnica à comunidade de Monte Alegre, próxima à cidade de Cachoeiro do Itapemirim, no Espírito Santo, foi uma excelente oportunidade de intercâmbio para os quilombolas do Vale do Ribeira. Entre eles estavam dois representantes de cada comunidade participante do circuito (Ivaporunduva, São Pedro, Mandira, André Lopes, Sapatu e Pedro Cubas) e dois da Associação de Monitores Ambientais de Eldorado.

Monte Alegre fica a cerca de três horas e meia de Vitória, capital do Espírito Santo e para chegar até lá foram necessárias muitas horas de viagem. Desde a saída de Eldorado, no dia 2, para o aeroporto de Congonhas, em São Paulo, a chegada a Vitória e depois a Monte Alegre.

Recebidos pelo líder da comunidade, Leonardo Ventura, os quilombolas do Ribeira ouviram um relato sobre a história do quilombo e assistiram a uma apresentação de Caxambu liderada pela mestra Maria Laurinda Adão, hoje com cerca de 70 anos. Os tambores utilizados na dança têm mais de 150 anos, e são os mesmos que os antepassados dos quilombolas de Monte Alegre tocavam. O jantar foi no Restaurante Cozinha de Senzala e depois todos se acomodaram em residências da comunidade inaugurando o projeto Cama e Caminhada.

No dia seguinte, os visitantes fizeram um tour pela comunidade, conheceram projetos na Floresta Nacional de Pacotuba e fizeram a trilha das árvores centenárias. Chamou a atenção de todos o envolvimento dos jovens nas atividades turísticas. O turismo comunitário, aliás, é uma fonte de renda já que a área agricultável é reduzida e para sobreviver os comunitários precisam trabalhar em plantações agrícolas e marmoarias da região.

De volta a Vitória, os quilombolas do Ribeira foram a Vila Velha conhecer o Centro de Formação Martina Torloni, o Convento de Nossa Senhora da Penha e o projeto socioambiental do Instituto capixaba de Ecoturismo em Ilha Caieiras, maior mangue urbano da América Latina. O projeto é voltado a jovens caiçaras na pesca e coleta de siris.

No dia 6 de maio, eles estavam de volta a Eldorado. Todas os locais visitados foram avaliados posteriormente por meio de um questionário onde os quilombolas deram notas nos quesitos recepção, atendimento, refeição, acomodações e limpeza e fizeram sugestões de melhorias.

< O Observatório Quilombola publica todas as informações que recebe, sem descartar ou privilegiar nenhuma fonte, e as reproduz na íntegra, não se responsabilizando pelo seu conteúdo.>

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