Quilombolas do Ribeira retomam oficinas para definir plano de turismo em suas comunidades
Os primeiros módulos já destacaram para as comunidades que a atividade turística é uma fonte complementar de renda e não deve concorrer para a perda das práticas tradicionais de agricultura e de sua cultura local.
A elaboração de um Planejamento Estratégico do circuito quilombola de turismo, que é parte das ações do Projeto “Circuito Quilombola”, realizadas pelo ISA em conjunto com seis comunidades do Vale do Ribeira, será retomado de 19 a 22 de outubro, com oficinas em cada comunidade. Participam das discussões e da elaboração do plano as comunidades de Mandira, Ivaporunduva, Sapatu, Pedro Cubas, André Lopes e São Pedro, com apoio do Ministério do Meio Ambiente, através do programa Proecotur e do Ministério do Desenvolvimento Agrário.
A nova fase de discussões será o módulo de validação do que já foi discutido e proposto nas duas primeiras etapas da oficina em setembro.
Na etapa de 13 e 14 de outubro, as comunidades construíram, com ajuda da consultora Monica Barroso, do Núcleo Oikos, e dos técnicos do ISA as fases de gestão socioambiental da atividade turística e discutiram o plano de marketing, definindo metas de curto, médio e longo prazos para o plano estratégico.
Os dois módulos que aconteceram destacaram para as comunidades que a atividade turística é uma fonte complementar de renda e não deve concorrer para a perda das práticas tradicionais de agricultura e de sua cultura local.
Na sequência, os participantes discutiram a implementação, monitoramento e avaliação constante do plano estratégico e das atividades do circuito quilombola. Eles decidiram que será criado um Comitê Gestor formado por duas pessoas de cada uma das seis comunidades. Este comitê gestor terá atribuições como: Representar o Circuito Quilombola em eventos, feiras de turismo; Contatar e divulgar o Circuito Quilombola junto às operadoras/agências; Fomentar a discussão de políticas públicas para buscar novos públicos (secretarias de educação); Fazer a ponte entre os visitantes e os grupos de turismo das comunidades; Coordenar a discussão sobre política de preços e gestão financeira do Circuito Quilombola e do funcionamento do comitê (ex: fundo, parcerias); Ajudar, junto com o ISA, a organizar as atividades de consolidação do Circuito; Coordenar discussão sobre desenvolvimento de novos produtos/roteiros/atrativos.
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