Pernambuco e Alagoas confirmam 51 mortes decorrentes das chuvas
A Defesa Civil de Alagoas divulgou nota confirmando 34 mortes no estado em decorrência das chuvas. Pelo menos 56 pessoas seguem desaparecidas, mesmo depois do regresso das equipes técnicas que percorreram as cabeceiras dos Vales do Mundaú e do Paraíba à procura de vítimas. Com as 17 mortes confirmadas em Pernambuco, sobe para 51 o total de vítimas da tromba dágua no Nordeste.
A reconstrução das cidades alagoanas devastadas pelas chuvas deve custar R$ 1 bilhão. Nesta quinta, o estado recebeu o reforço de mais 77 homens da Força Nacional – 37 bombeiros e 40 policiais militares -, que vão auxiliar no policiamento ostensivo nas regiões afetadas e no auxílio às vítimas.
Segundo a Defesa Civil de Alagoas, a redução no número de desaparecidos ocorre porque muita gente dada como sumida retornou às suas cidades de origem. Na quarta, por exemplo, uma comunidade de 56 quilombolas, que havia sido considerada dizimada, foi encontrada abrigada no topo de duas jaqueiras.
Técnicos tentam descobrir o motivo que levou a tanta destruição nos dois estados: rompimentos de barragens ou excesso de chuva.
Em Alagoas, 80.757 estão desalojadas, desabrigadas ou simplesmente abandonaram as cidades atingidas pelas enchentes, de acordo com a Defesa Civil do estado. Pelo menos 20 mil imóveis foram danificados ou destruídos. Segundo o Exército, pelo menos 20 mil pessoas no estado ainda estão sem assistência, feridas ou ilhadas em áreas onde ainda não chegou assistência. Seis cães farejadores fazem varredura nas cidades de São José da Lage, Branquinha, União dos Palmares, murici, Rio Largo e Santana do Mundaú.
Para piorar a situação, comerciantes começam a explorar as vítimas da enchente. Um botijão de gás chega a ser vendido por R$ 70. Um galão de água, por R$ 15, e um pacote de velas por R$ 5.
Nesta quinta, o presidente Luís Inácio Lula da Silva sobrevoou municípios arrasados pela enchente em Pernambuco e disse que não haverá burocracia para liberação dos recursos para vítimas da enchente. O governo federal decidiu instalar um Gabinete de Crise em Brasília, para acompanhar a situação nos dois estados, coordenado pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin).
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