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Recuperação de área degradada mobiliza quilombolas de Porto Velho, no Vale do Ribeira

O Quilombo de Porto Velho, em Iporanga, no Vale do Ribeira (SP), firmou parceria com a Campanha Cílios do Ribeira para recuperar, com plantio de mata ciliar, o único rio que passa na área, batizado de Capixingui, que se encontra degradado, prejudicando a apicultura, principal atividade dos quilombolas. A proposta é recuperar 10 hectares com espécies nativas e também apícolas, que possam contribuir para aumentar a produtividade da comunidade.

O mutirão da última quarta-feira, construiu 40 metros de cerca de proteção, para o plantio de 5 mil mudas de espécies nativas nos próximos 25 e 26 de março e de outras 5 mil até junho, totalizando seis hectares. Outro projeto se encarregará do plantio dos quatro hectares restantes.

A Campanha Cílios do Ribeira realizou quatro reuniões com a comunidade para definir o projeto, de forma participativa e valorizando os conhecimentos tradicionais quilombolas. A escolha das espécies a serem plantadas foi feita em três momentos diferentes. Em vistoria na área, observou-se quais espécies existiam no entorno e qual o grau de regeneração natural. Depois, os técnicos da Campanha apresentaram publicações com fotos de árvores nativas para que a comunidade identificasse quais existem no território do quilombo e quais já existiram. Para finalizar, uma lista das mudas disponíveis no viveiro fornecedor da Campanha foi apresentada, para que a própria comunidade escolhesse as espécies a serem priorizadas.

O Instituto Socioambiental (ISA) vem desenvolvendo em Porto Velho, desde 2008, o projeto da Casa do Mel, e seus técnicos vêm monitorando a produção, que tende a aumentar. Ao promover a recuperação plantando também espécies apícolas, a Campanha Cílios do Ribeira também a produção e o fortalecimento da Casa do Mel e amplia a oferta de água para a comunidade.

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