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Brasil Rural Contemporâneo deixa o Rio com R$ 12,5 milhões em vendas e mais de 100 mil visitantes

Mais de 100 mil pessoas, o equivalente a um Maracanã mais do que lotado, compareceram à IV Feira Nacional de Agricultura Familiar e Reforma Agrária – Brasil Rural Contemporânea – que se instalou na Marina da Glória, e deixou o Rio de Janeiro com R$ 12,5 milhões em vendas, após seis dias de evento, encerrado no dia 12. Foram R$ 3,5 milhões vendidos só nos estandes e outros R$ 9 milhões em negócios futuros fechados na Rodada de Negócios, que reuniu produtores e redes atacadistas.

Nesta edição, cerca de 10 mil tipos de produtos chegaram ao Rio pelas mãos de 650 agricultores familiares, artesãos, pescadores, quilombolas e extrativistas de todas as regiões brasileiras. No ano passado, participaram 547 expositores. A receptividade do público aos produtos da agricultura familiar em 2008 fez com que os produtores e a equipe da coordenação do evento ampliassem os estoques dos estandes para este ano. Foram movimentadas cerca de 600 toneladas de produtos nos depósitos da feira, contra 380 no ano passado.

A expositora Clorice Oliveira, da Agroindústria Tip Top, de Ariquemes (RO), disse que dobrou o estoque do ano passado e voltará para casa com muito pouco dos 300 quilos de polpa de bacaba e de cupuaçu que trouxe ao Brasil Rural Contemporâneo. Para ela, a missão de levar o gosto das frutas da Amazônia para os lares de várias partes do mundo foi cumprida.

Já a expositora Gilva Feliciano Pereira, do Rio Grande do Norte, não levará nada de volta para sua terra natal. O artesanato em pedra sabão e sisal que trouxe à feira foi todo vendido. No domingo, penúltimo dia de exposição, ela atendeu mais de mil pessoas interessadas na sua produção.

Novidades atraem cariocas e muita gente de longe

Além dos cariocas, que aproveitaram o feriadão, muitos pessoas de outros regiões e até estrangeiros foram conhecer a diversidade da agricultura familiar ou matar a saudade de produtos regionais, como o pequi do Cerrado, ou de iguarias milenares, como o feijão azuki, do Japão, e o arroz negro, originário da China. Artesanatos indígenas, a sabedoria medicinal do povo Kalunga, as rendas das mulheres nordestinas e a moda expressa nas roupas e bolsas das artesãs do Talentos do Brasil também atraíram a atenção do público.

A feira é promovida há seis anos pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), e pelo o Incra, com o apoio de instituições federais e do governo do Estado do Rio de Janeiro. Quatro edições foram em Brasília e as duas últimas aconteceram no Rio de Janeiro. O local e a data da próxima feira ainda não estão decididos.

Presença virtual

Quem não pôde comparecer ao Brasil Rural Contemporâneo não ficou sem acompanhar o que aconteceu por lá. Os acessos ao hot site criado especialmente para a feira chegaram a 50 mil, muitos deles vindos de computadores instalados nos Estados Unidos, da França e até da República da China. No Twitter, foram 115 seguidores, que receberam informações dos bastidores da feira e dos momentos marcantes da programação cultural, que teve artistas como Gilberto Gil, Carlinhos Brown, Gabriel O Pensador, Otto, Chico César, entre outros.

< O Observatório Quilombola publica todas as informações que recebe, sem descartar ou privilegiar nenhuma fonte, e as reproduz na íntegra, não se responsabilizando pelo seu conteúdo.>

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