Incra conclui estudo em área quilombola de Picadinha
O Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) concluiu ontem o trabalho de vistoria em uma área de 3.748 hectares, localizada no distrito de Picadinha, em Dourados, reivindicada por 15 famílias remanescentes de quilombolas (descendentes de escravos).
Os levantamentos duraram uma semana e sofreram atrasos em decorrência da chuva, do frio e do protesto de produtores rurais do distrito, que na quarta-feira dificultaram o acesso dos técnicos à área, obrigando a equipe a suspender as vistorias, mesmo com a presença de três viaturas da Polícia Federal. No dia seguinte, com reforço da segurança policial, os técnicos voltaram ao distrito e mantiveram os trabalhos durante todo o fim de semana.
A assessoria de comunicação do Incra informou que a equipe chegou a Campo Grande nesta manhã e vai se reunir com o superintendente-adjunto, Valdir Nascimento, para informá-lo sobre o resultado dos levantamentos. A equipe também vai elaborar um relatório sobre a vistoria.
Além das terras de Picadinha, reivindicada por descendentes de Desidério Felipe de Oliveira, um ex-escravo que teria nesse distrito, Mato Grosso do Sul tem outras 11 áreas apontadas como quilombolas em processo de titulação – Família Bispo em Sonora, Família Quintino em Pedro Gomes, Chácara Buriti em Campo Grande, Colônia São Miguel em Maracaju, Família Jarci em Rio Brilhante, Família Cardoso em Nioaque, Araújo e Ribeiro em Nioaque, Furnas do Baiano em Aquidauana, Furnas do Dionísio em Jaraguari, Furnas de Boa Sorte em Corguinho e comunidade Tia Eva, em Campo Grande.
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