FSM: Comitê organizador do evento divulga calendário de ações globais
O Conselho Internacional do Fórum Social Mundial, reunido para avaliar o evento realizado entre 27 de Janeiro e 01 de Fevereiro em Belém, Amazônia, divulgaram esta semana um calendário com mais de 10 ações de mobilização global para 2009.
Cerca de 150 representantes de entidades e organizações civis membros do comitê organizador do Fórum reuniram-se segunda e terça-feira, em Belém, para avaliar, discutir e planear futuras ações das redes que integram o Fórum Social.
A primeira atividade será realizada a 8 de Março para comemorar o Dia Internacional da Mulher.
No final deste mês, haverá um Dia da Solidariedade para com o povo palestinos e um boicote aos produtos israelitas.
Para a próxima cimeira do G20 (que agrupa os principais países industrializados e emergentes) sobre a crise financeira que terá lugar no início de Abril em Londres, está prevista uma série de mobilizações e manifestações.
Outras atividades também já estão programadas para a cimeira do G8, em Itália, que assume por 12 meses a presidência do bloco composto pelo grupo de países industrializados mais ricos e a Rússia.
A cimeira deverá ser realizada entre 8 e 10 de Julho próximo em La Madalena, pequena ilha ao norte da Sardenha.
E ainda para a próxima conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas marcada para 12 de Dezembro deste ano, mais ações de manifestação estão programadas pelas entidades que integram o comitê organizador do Fórum.
Esta data será o Dia de Ação Global sobre a Justiça Climática em conferência de Copenhague sobre o clima.
Este calendário de mobilização global é resultado de propostas de 30 grupos de trabalho temáticos que apresentaram o balanço das suas atividades ao final do Fórum Social, em Belém.
O sociólogo Cândido Grzybowski, diretor do Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase) e membro do Conselho Internacional do Fórum, disse à Lusa que a avaliação feita nas reuniões com o comitê organizador foi extremamente positiva, principalmente com a incorporação dos indígenas, quilombolas e com a grande presença de jovens.
Este balanço positivo, segundo Grzybowski, foi unânime. E acrescentou que a 8ª edição centralizada do Fórum em Belém representou o ano de maior visibilidade do evento.
Nós enfrentamos muita coisa contra nós e que tentam nos destruir. O Fórum ganhou visibilidade na agenda pública, salientou o sociólogo ao referir que o Fórum Econômico está fragilizado, pois adota a estratégia de exclusão.
Em Maio deste ano, será realizada mais uma reunião com os membros do Conselho Internacional do Fórum em Marrocos, na África, para discutir o futuro das mobilizações a nível global.
Para a realização da 9ª edição centralizada do Fórum, há propostas para fazer na África do Sul ou no Senegal.
Segundo Cândido é preciso avalizar a viabilidade de infra-estrutura e organização do Fórum Social.
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