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Quilombolas do Baixo Parnaíba maranhense no FSM 2009

Vinte e três Comunidades Quilombolas da Região do Baixo Parnaíba Maranhense participaram no dia 30 de janeiro, do Seminário “Desenvolvimento Sustentável e Direitos Humanos no Baixo Parnaíba Maranhense – O impacto do Agronegócio nas Comunidades Tradicionais do Maranhão”, durante o FSM 2009, em Belém (PA). O Seminário teve o apoio do CEDENPA e do CCN-MA.

Desenvolvimento Sustentável e Direitos Humanos no Baixo Parnaíba Maranhense – O impacto do Agronegócio nas Comunidades Tradicionais do Maranhão

A expansão da monocultura no Baixo Parnaíba reflete a tendência hegemônica do modelo agro-exportador em âmbito nacional, que avança pela vastidão dos cerrados e reservas de extrativismo em inúmeras regiões e estados do país. No Baixo Parnaíba, esta expansão incide diretamente na desestruturação da cultura de produção e reprodução da agricultura familiar e ameaça varrer do mapa as comunidades rurais e populações tradicionais que há décadas habitam a região, assim como os recursos florestais que fornecem a principal base alimentar e de renda como o babaçu, o pequi, o bacuri, o buriti. Por trás desta investida estão grupos econômicos poderosos, que têm interesse na conversão da mata nativa em plantios homogêneos de eucalipto e soja, sendo o primeiro visando a produção de carvão vegetal que alimenta as usinas siderúrgicas no estado e o segundo para exportação.

A ação do agronegócio mobiliza uma complexa rede de relações com governos e órgãos públicos municipais e estaduais e cartórios de registro, que na grande maioria demonstram apoio e, em muitos casos, conivência com procedimentos irregulares para a legalização de grandes projetos. A lentidão e omissão do aparato de órgãos públicos envolvidos nos processos de regularização fundiária e titulação de terras, de licenciamento ambiental, de fiscalização e responsabilização de crimes ambientais e violações de direitos são ainda fatores que contribuem para a expansão do agronegócio na região.

< O Observatório Quilombola publica todas as informações que recebe, sem descartar ou privilegiar nenhuma fonte, e as reproduz na íntegra, não se responsabilizando pelo seu conteúdo.>

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