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Aparato militar acompanhará Ministro da Seppir na visita à comunidade de Mamuna

GTA e Polícia Civil preparam ida da Seppir ao povoado de Mamuna
 
Hoje baixou um helicóptero do GTA (Grupo Tático Aéreo) e um militar se apresentou no povoado Mamuna, litoral de Alcântara, onde o governo pretende implantar um sítio de lançamento para alugar à Ucrânia.
 
Neste povoado, os trabalhadores fazem uma barreira às maquinas da Alcântara Ciclone Space, há um mês. O militar foi ao povoado para anotar os nomes de quem iria dirigir a palavra ao Ministro Edson Santos amanhã.
 
Os quilombolas foram  comunicados que, amanhã, a polícia civil de São Luís estará no povoado fazendo a segurança do Ministro.
 
Interessante todo esse aparato para enfrentar 70 pacíficas famílias que nasceram e se criaram no local, onde vivem da pesca, do cultivo e do extrativismo e se encontram defendendo suas posses contra máquinas que vinham devastando babaçuais, buritizais, nascentes e margens do rio e que derrubaram, inclusive, reserva de pau amarelo – árvores centenárias que faziam a divisa entre Baracatatiua e Mamuna.
 
Toda essa situação já foi exposta ao mesmo Edson Santos pelos representantes do MABE – Movimento dos Atingidos pela Base de Alcântara, em Brasília, no início do mês, na presença de Dra Debora Duprat, Prof. Alfredo Wagner de Almeida (autor do laudo de Alcântara), Deputado Domingos Dutra.
 
Dra Deborah foi enfática, na ocasião, ao afirmar que o governo brasileiro e as empresas ligadas a ACS estão agindo ilegalmente, enquanto os quilombolas estão amparados pela lei. Se é assim, por que são vistos como bandidos perigosos? Afinal, defender suas posses também é uma prerrogativa que lhes garante nossa legislação. Enquanto o Estado Brasileiro não cumpre o seu dever, demarcando seu território, é o que devem fazer.
 
< O Observatório Quilombola publica todas as informações que recebe, sem descartar ou privilegiar nenhuma fonte, e as reproduz na íntegra, não se responsabilizando pelo seu conteúdo.>

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