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Escola Agrária desenvolve projeto com base em saberes indígenas e quilombolas

Escola Superior Agrária de Coimbra contribui para projecto GUYAGROFOR

Por Joana Vidigal Leal   

Realizado por equipas multidisciplinares de diversas instituições, entre as quais a Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Coimbra, o projecto Guyagrofor tem por objectivo o desenvolvimento de Sistemas Agro-florestais Sustentáveis com Base em Conhecimentos Indígenas e Afro-Descendentes (Quilombolas) na Região do Escudo das Guianas.

Um dos principais contributos da Escola Superior Agrária de Coimbra neste projecto, que terminará em Abril de 2009, é a execução do trabalho de campo, ou seja, a implementação de estratégias de gestão ambiental sustentáveis, através da utilização das técnicas de uso de solo indígenas e quilombolas, integradas com técnicas formais. A avaliação do sucesso de aplicação desta estratégia, o aumento de produtividade destes sistemas, está já a ser efectuada através da monitorização de parâmetros ambientais tais como os balanços de água e nutrientes no solo (fertilidade) e da sua biodiversidade.

Este projecto, iniciado em Novembro de 2004 e financiado pela União Europeia, através do 6th Framework Programme e do Dutch Ministry of Agriculture, Nature and Fisheries, tem como principais objectivos desenvolver novas estratégias para o desenvolvimento sustentável dos sistemas agro-florestais, que suportam o poder sócio-económico e organizacional das comunidades indígenas e quilombolas no Suriname, Brasil e Venezuela, contribuindo, ao mesmo tempo, para a economia nacional; desenvolver novas estratégias para uma produção ambientalmente segura e economicamente viável, baseada nas estratégias de sobrevivência das populações indígenas e afro-descendentes; e estudar o “saber-fazer” dos povos indígenas e afro-descendentes, relacionados com os sistemas agro-florestais, de forma a integrar os conhecimentos intrínsecos a este tipo de gestão e produção agrícola e florestal, com o intuito de desenvolver sistemas agro-florestais que visem aumentar o rendimento a estes povos, através da comercialização de produtos de espécies florestais e não florestais.

Entre os resultados esperados do projecto, o IPC menciona:
– A selecção das estratégias mais promissoras e identificação dos cenários ambientais, económicos e sociais mais favoráveis para cada tipo de exploração/empresa;
– Formulação de directivas para a produção sustentável e comercialização de culturas comerciais e produtos florestais lenhosos e não lenhosos. Aposta na criação de capacidades.

< O Observatório Quilombola publica todas as informações que recebe, sem descartar ou privilegiar nenhuma fonte, e as reproduz na íntegra, não se responsabilizando pelo seu conteúdo.>

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