Fórum reúne setores contra regularização de terras indígenas e quilombolas
Propriedades invadidas em Mato Grosso do Sul chegam a 73
Da Redação/ GH
A dificuldade para produzir no Brasil não se reduz apenas ao crédito ou aos valores deficitários dos produtos agrícolas. Agricultores e pecuaristas do País precisam também se empenhar para mostrar que suas propriedades são produtivas e atingem o Índice de Produtividade determinado pelo Governo Federal, correndo o risco de perder suas fazendas para a reforma agrária.
Para os produtores a preocupação torna-se ainda maior com a aprovação de decretos que favorecem a desapropriação de terras. Em Mato Grosso do Sul, só os índios ocupam hoje 73 propriedades rurais, sendo que 20 delas são pequenas propriedades. A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) quer estimular o debate sobre as conseqüências dos conflitos agrários para a sociedade brasileira. Em vários estados brasileiros, a Comissão Nacional de Assuntos Fundiários da CNA promove o Fórum Agrário Empresarial.
Em Mato Grosso do Sul, o evento ocorre no dia 17 de setembro, no Centro de Convenções Rubens Gil de Camillo. Os produtores irão assistir palestras como O MST e a democracia com o professor Doutor em Filosofia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Denis Rosenfield; a Questão Quilombola: legislação e impactos, com o advogado e sócio nas áreas de Fusões e Aquisições, Societária, Importação e Exportação, Agronegócios e de Gestão de Imagem Corporativa Darcy Teixeira Júnior. O procurador Especial do Estado de Santa Catarina em Brasília, Loreno Weissheimer, falará sobre os Aspectos jurídicos da demarcação de terras indígenas.
O Fórum Agrário Empresarial deve contar com a participação de especialistas em questões fundiárias, produtores rurais, jornalistas, parlamentares, representantes dos Poderes Executivo e Judiciário, além de instituições ligadas ao tema.
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