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Crianças quilombolas de 22 estados participam de evento em Brasília

Agência JB

BRASÍLIA – Crianças e adolescentes quilombolas de todo o Brasil reúnem-se em Brasília, nos dias 2 e 3 de julho, para o I Quilombinho – Encontro Nacional de Crianças e Adolescentes Quilombolas. Durante dois dias, cerca de cem meninas e meninos – de 60 comunidades quilombolas, espalhadas por 22 estados – vão participar de atividades como oficinas de políticas públicas, educação e cultura, música, dança e brincadeiras, todas voltadas para o fortalecimento das identidades e da participação de crianças e adolescentes que vivem em comunidades remanescentes de quilombos.

A abertura do evento será às 9 horas desta segunda-feira, no Palácio do Planalto. A cerimônia prevê a participação das crianças, o pronunciamento das autoridades, a exibição do vídeo Meu quilombinho e a consagração de Zanauande. Em seguida à abertura, as crianças e os adolescentes do I Quilombinho seguem para o centro de treinamento da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Indústria (CNTI). Serão dois dias de intensas atividades de oficinas com gestores de governo e os adolescentes quilombolas sobre os principais problemas e soluções que vêm impactando a vida de crianças e adolescentes quilombolas no País.

Artistas como Lecy Brandão, madrinha do evento, a ialorixá Maria Venina Carneiro Barbosa, do Maranhão, crianças e adolescentes quilombolas e lideranças comunitárias, entre outros, estarão juntos realizando os rituais de abertura do I Quilombinho.

O Brasil tem hoje, em números estimados, cerca de 900 mil crianças quilombolas de até 17 anos. Boa parte é invisível às políticas públicas. Dados revelam, por exemplo, que crianças quilombolas com menos de 1 ano morrem sem antes mesmo obter sua certidão de nascimento. Buscando mudar esse quadro, governo, UNICEF e sociedade civil vêm desenvolvendo, desde 2003, estratégias de mobilização voltadas para dar visibilidade a essa realidade; pautar o tema da infância e adolescência quilombola nas agendas dos governos; e promover um amplo processo organizativo voltado para o protagonismo dessas crianças e desses adolescentes.

< O Observatório Quilombola publica todas as informações que recebe, sem descartar ou privilegiar nenhuma fonte, e as reproduz na íntegra, não se responsabilizando pelo seu conteúdo.>

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