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Cotidiano e cultura da comunidade Piqui da Rampa em destaque

Comunidade quilombola à mostra

Cotidiano dos moradores de Piqui da Rampa é enfocado hoje, no Museu Histórico

Um livro, uma mostra cultural e a apresentação do tambor de crioula do Piqui da Rampa (comunidade quilombola localizada no município de Vargem Grande, a 178 Km de São Luís) são o resultado do projeto Tambores do Piqui, Cartas da Liberdade, coordenado pela professora Ana Socorro Ramos Braga, da Universidade Federal do Maranhão (UFMA). O lançamento da publicação Tambores do Piqui Cartas da Liberdade. Memória e Trajetória da Comunidade Piqui da Rampa, também organizado por Ana Socorro Braga e com participação das alunas Clícia Adriana Abreu Gomes e Flávia Andressa Oliveira de Menezes, acontece às 19h, no Museu Histórico e Artístico do Maranhão (Mham). Antes, porém, às 14h, será aberta a mostra Exposição Cultural do Piqui da Rampa, composta por peças confeccionadas por moradores daquela comunidade e, às 16h, a coordenadora do projeto proferirá a palestra Itinerários de Pesquisa Articulações Conceituais e Comunidades Rurais: Ressignificações a partir do Projeto Tambores do Piqui, Cartas da Liberdade.

Às 20h, está marcada a apresentação do Tambor de Crioula do Piqui e convidados. Toda a programação acontece no prédio do museu. De acordo com Ana Socorro, o livro nasceu como parte do projeto, realizado entre junho de 2006 e junho deste ano e que teve como alvo a comunidade quilombola Piqui da Rampa. O objetivo foi destacar a cultura local como parte do desenvolvimento social da comunidade. Para tanto, a pesquisadora lançou mão do tambor de crioula, expressão que estava sendo esquecida pela comunidade. Eles já não valorizavam mais a manifestação que estava sendo deixada de lado, observa Ana Socorro Braga.

Foram usadas, de acordo com ela, quatro estratégias cujo objetivo foram a publicação do livro, as oficinas de artesanato e a mostra cultural. Estes eixos serviram para fortalecer a identidade cultural que estava adormecida neles, e o tambor foi de fundamental importância, frisa a pesquisadora. Para participar da programação, veio a São Luís um grupo de 45 pessoas da comunidade, formada por 32 famílias remanescentes de escravos que foram alforriados em 1817 pelo dono da fazenda São Bartolomeu de Pirapemas, o padre Antonio Fernandes Pereira (que não só concedeu liberdade ao grupo como também doou-lhes parte de suas terras onde vivem até hoje seus descendentes). O objetivo da vinda deles não é apenas mostrar sua cultura, mas também trocar experiências com as pessoas daqui, declara.

No livro Tambores do Piqui Cartas da Liberdade. Memória e Trajetória da Comunidade Piqui da Rampa, a autora procurou, na história oral, resgatar os elementos que organizam a vida social daquele povo. Já a exposição reúne peças produzidas nas oficinas de artesanato do projeto. São objetos como bolsas, sacolas e brincos confeccionados com a fibra do buriti e também com o coco babaçu. Depois de São Luís, o resultado do projeto será mostrado nos municípios de Itapecuru-Mirim, (amanhã), Vargem Grande e Nina Rodrigues (sábado).

Serviço

O QUÊ

Mostra Cultural do Piqui da Rampa, com o lançamento do livro Tambores do Piqui Cartas da Liberdade. Memória e Trajetória da Comunidade Piqui da Rampa, organizado por Ana Socorro Ramos Braga, exposição de peças em fibra de buriti e babaçu e apresentação do tambor de crioula do Piqui

QUANDO

Hoje (28/6), a partir das 14h

ONDE

Museu Histórico e Artístico do Maranhão (rua do Sol, Centro)

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