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Quilombolas querem revitalizar forte abandonado

Abandono do Forte Príncipe da Beira

O mais importante monumento histórico de Rondônia, o Real Forte Príncipe da Beira, permanece em estado de abandono, coberto pela vegetação.

Situado no município de Costa Marques, o Forte foi construído entre 1776 e 1783 pelo governador da província do Mato Grosso Luis Albuquerque de Mello Pereira e Cáceres, consagrando os atuais limites do Brasil e da Bolívia, no Rio Guaporé. A construção do Forte deve-se em parte à chegada da população negra e quilombola na região.

Depois do abandono do Vale do Guaporé, considerado insalubre pelo homem branco, existem notícias de que o Forte passou a ser comandado por homens de cor, pelo menos até 1830. Redescoberto o Forte Príncipe da Beira pelo Marechal Rondon em 1914, em 1940 ele mesmo construiu as primeiras instalações do atual quartel militar.

Para entrar na Fortaleza é preciso pedir autorização no quartel e as visitas são acompanhadas por um soldado. Porém a guarnição do exército recusa nos últimos anos fazer a limpeza da área, alegando que a missão dos militares é proteger a fronteira e não zelar pelo monumento histórico.

A população que mora no local desde a época da construção foi reconhecida como comunidade quilombola no dia 19 de agosto de 2005. Em data recente a localidade foi declarada Distrito do Município de Costa Marques.

Os moradores de forma voluntária estão roçando uma pequena parte da Fortaleza para que os visitantes possam entrar no recinto, porém o mato está tomando parte do resto do local. Eles reivindicam a contratação da população local como zeladores e guias turísticos para preservar a Fortaleza que seus antepassados construíram.

Fotografias realizadas em 18 de abril de 2007 mostram o estado de abandono e degradação atual do principal monumento histórico de Rondônia, tombado pelo Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em 30 de novembro de 1937.

Pe. Josep Iborra Plans, Missionário Claretiano

Pastoral Fluvial da Diocese de Guajará Mirim

Comissão Pastoral da Terra

Fontes históricas: http://www.ronet.com.br/marrocos/forte_pr 

Matias Mendes, Apologia da Negritude,  Editora Scor Tecci , São Paulo 1999.

 

< O Observatório Quilombola publica todas as informações que recebe, sem descartar ou privilegiar nenhuma fonte, e as reproduz na íntegra, não se responsabilizando pelo seu conteúdo.>

 

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